A presente entrevista foi gentilmente concedida pela professora em abril de 2017, por ocasião do VI Colóquio Nacional Cultura e Poder, durante o qual compôs a mesa redonda intitulada: “Juventude e Participação”. Suas reflexões e considerações, apresentadas a seguir, trazem importantes contribuições para pensarmos as juventudes, principalmente a juventude brasileira, no contexto político atual ante o destaque que esse grupo assumiu em eventos como as “Jornadas de Junho” (2013) e o processo de impeachment (2016), ambos evidenciando a atuação e expressão política dos jovens, em grande parte, universitários ou secundaristas. Ademais, a discussão proposta por Mayorga nos insere ânimo ao dizer que acredita estarmos em um processo inédito de revisão de nossas instituições (colonizadoras de nosso pensar e sentir), reconhecendo na juventude o agente descolonizador protagonista dessa marcha. Uma visão “otimista”, como colocado pela professora, na medida em que possibilita não o aniquilamento das frágeis e poderosas instituições do país, mas uma reinvenção de seus status quo.