Este artigo tematiza a apropriação conceitual na educação em linguagem, na busca por responder a duas inquietudes: ‘O que é educar em linguagem?’ e ‘O que é apropriação conceitual na educação em linguagem?’. Para tanto, configura-se como abordagem qualitativa, mobilizando dados empÃricos que compõem unidades documentais do Grupo de Pesquisa Cultura Escrita e Escolarização. A análise desses dados tem como base principal as ‘Obras Escogidas’ de L. S. Vygotski, na tradução do russo para o espanhol. A discussão resulta na argumentação em favor de (se rea)haver a mencionada apropriação conceitual na educação em linguagem, sob um configuração que efetivamente faculte dar-se na e para a intersubjetividade. No delineamento argumentativo, problematizam-se: (i) abordagens taxionômicas e/ou normativistas travestidas de práticas sociais; (ii) percursos de objetificação dos gêneros do discurso; (iii) encaminhamentos cientificistas no tratamento gramatical; e (iv) denegação desse mesmo tratamento sob qualquer perspectiva. O foco vigotskiano coloca-se na filiação a uma base epistêmica nas lides da educação em linguagem e, por implicação, na compreensão de que o tensionamento entre conceitos cotidianos e conceitos cientÃficos é questão nodal no processo de autorregulação da conduta nos usos da lÃngua.
This article discusses the conceptual appropriation of language education, aiming to address two concerns: ‘What does it mean to educate through language?’, and ‘What is conceptual appropriation of language education?’. Hence, the article presented herein has been configured as a qualitative approach, gathering empirical data that composes the documentary units prepared by the Grupo de Pesquisa Cultura Escrita e Escolarização (Written Culture and Schooling Research Group). Data analysis is based on L.S. Vygotski’s Collected Works, translated from Russian to Spanish. The discussion results in an argumentation that favors capturing (or recapturing) the aforementioned conceptual appropriation of language education, based on a configuration that effectively highlights inter-subjectivity. In order to delineate the proposed argument, it is necessary to problematize the following: (i) taxonomic and/or normative approaches hidden behind social practices; (ii) objectification paths leaning towards genres of discourse; (iii) scientific approach applied to the grammatical treatment; and (iv) denial of such treatment, from any perspective. The Vigotskian focus is based on an epistemic approach towards language education, thus, on the understanding that the correlation between daily and scientific concepts is a nodal issue inherent to the self-regulation process applicable to the use of language.
Este articulo tematiza la apropiación conceptual en la educación en lenguaje, en la búsqueda por responder a dos inquietudes: ‘¿Qué es educar en lenguaje?’ y ‘¿Qué es apropiación conceptual en la educación en lenguaje?’. Para ello, se configura como abordaje cualitativo, movilizando datos empÃricos que componen unidades documentales del Grupo de Pesquisa Cultura Escrita y escolarización. El análisis de estos datos tiene como base principal las ‘Obras Escogidas’ de L. S. Vygotski, en la traducción del ruso para el español. La discusión resulta en la argumentación en favor de la existencia de la mencionada apropiación conceptual en la educación en lenguaje, bajo una configuración que efectivamente faculte darse en la y para la intersubjetividad. En el delineamiento argumentativo, se problematizan: (i) abordajes taxonómicos y/o normativistas travestidos de prácticas sociales; (ii) recorridos de cosificación de los géneros del discurso; (iii) encaminamientos cientificistas en el tratamiento gramatical; y (iv) denegación de este mismo tratamiento bajo cualquier perspectiva. El foco vygotskiano se coloca en la filiación a una base epistémica en las actividades de la educación en lenguaje y, por implicación, en la comprensión de que el tensionamiento entre conceptos cotidianos y conceptos cientÃficos es la cuestión nodal en el proceso de autorregulación de la conducta en los usos de la lengua.