Por uma epistemologia sem fronteiras

Em Questão

Endereço:
Rua Ramiro Barcelos 2705, sala 519
Porto Alegre / RS
90035 007
Site: http://seer.ufrgs.br/EmQuestao
Telefone: (51) 3308-2141
ISSN: 1808-5245
Editor Chefe: Samile Andréa de Souza Vanz
Início Publicação: 01/01/1986
Periodicidade: Quinzenal
Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Ciência da informação

Por uma epistemologia sem fronteiras

Ano: 2023 | Volume: 29 | Número: Não se aplica
Autores: Augusto Júnior Macucule, Carlos Cândido de Almeida, Marivalde Moacir Francelin, Marta Lígia Pomim Valentim
Autor Correspondente: Augusto Júnior Macucule | [email protected]

Palavras-chave: epistemologia, fronteira epistemológica, novidade científica, epistemólogos da ciência, Ciência da Informação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste ensaio é analisar a emergência do “novo” na Ciência e na Epistemologia a partir de uma avaliação epistemológica sobre os epistemólogos das ciências e dos pesquisadores e pesquisadoras da Ciência da Informação. A contribuição teórica de autores como Bachelard, com a possibilidade de uma fronteira epistemológica, funda os alicerces do presente trabalho. Entretanto, não sendo suficiente o cunho Bachelardiano, recorreu-se a outros epistemólogos fundamentais de distintas áreas do saber, para complementar as reflexões sobre o surgimento do “novo” na Ciência, entre eles: Kuhn com os paradigmas, Bourdieu com a ideia de campo científico, Morin com a epistemologia da complexidade e a coerção de Durkheim. Mormente ao objetivo do trabalho, procurou-se abarcar os principais teóricos que discutem o tema em questão e, sendo assim, a pesquisa é de abordagem qualitativa alicerçada na revisão da literatura. Conclui-se que diante da incapacidade de as disciplinas científicas responderem aos problemas emergentes que se apresentam na contemporaneidade, o fomento de espaços de cooperação epistêmica é essencial para se gerar nova ciência, novos métodos e novas práticas interdisciplinares que de fato respondam a esse momento histórico, político, econômico e social. A construção de espaços momentâneos de diálogo enriquece as disciplinas e abrem espaço para uma convergência epistemológica. O “novo” na ciência acontece quando se esgotam as possibilidades de compreensão dos fenômenos e problemáticas dentro do paradigma ou campo científico, gerando crises epistemológicas e científicas e, por conseguinte, rupturas geradoras de uma nova maneira de abordar as problemáticas da Ciência.



Resumo Inglês:

The objective of this essay is to analyze the emergence of the new in science and Epistemology, based on an epistemological assessment of the epistemologists of science. The theoretical contribution of authors such as Bachelard, with the possibility of an epistemological frontier, establishes the foundations of the present paper. However, as the Bachelardian nature was not enough, other fundamental epistemologists from different knowledge areas were used to complement the reflections about the emergence of the new in science, among them: Kuhn with the paradigms, Bourdieu with the idea of ​​scientific field, Morin with epistemology of complexity and Durkheim's coercion. Mainly to the objective of the essay, it was tried to encompass the main theorists that discuss the subject in question and, therefore, the research has a qualitative approach based on the literature review. It is concluded that, given the inability of scientific disciplines to respond to emerging problems that present themselves in contemporary times, the promotion of spaces for epistemic cooperation is essential to generate new Science, new methods, and new interdisciplinary practices that in fact respond to this historical, political, economic, and social moment. The construction of momentary spaces for dialogue enriches the disciplines and make spaces for an epistemological convergence. The new in science happens when the possibilities of understanding the phenomena and problems within the paradigm and/or scientific field are exhausted, generating epistemological and scientific crises and, therefore, ruptures that generate a new way of approaching the problems of science.