POR UMA FILOSOFIA DA PESSOA NO DIREITO DO TRABALHO

Revista Juridica Cesumar

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ISSN: 16776402
Editor Chefe: Leila Regina do Nascimento
Início Publicação: 31/05/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Direito

POR UMA FILOSOFIA DA PESSOA NO DIREITO DO TRABALHO

Ano: 2012 | Volume: 12 | Número: 1
Autores: A. S. V. Zenni, S. F. Parron
Autor Correspondente: A. S. V. Zenni | [email protected]

Palavras-chave: dignidade humana, vida, sociedade de massa, direito do trabalho, filosofia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetiva o artigo relacionar os aspectos essenciais da condição humana na estrutura da sociedade da produção e consumo, própria do homo faber, em que a técnica prende o seu criador racional e o torna descartável e líquido. O mundo do trabalho, enquanto esfera de promoção do bem comum, distribuindo direitos e deveres aos papeis sociais, neutraliza as capacidades humanas de consolidação da pessoa, havendo de ser revisto como atributo fenomenológico da espécie. Se a humanização significa expansão (em) vida e uma norma natural põe o ser humano a fazer-se em salto de transcendência, o modelo atual da engrenagem do trabalho vitaliza o homo economicus e olvida capacidades ontológicas que o mantem em nihilismo. Os paradigmas da liberdade e da igualdade enquanto conteúdos jurídicos da pessoa, na esfera do trabalho, esmaecem ante a escassez da manifestação volitiva, seja na relação de trabalho, seja no processo de consumo, tratando-se de técnica de engajamento social e distribuição de riscos e cálculos. Função social da empresa é prescrição do Estado via positivação jurídica, no puro cumprimento da norma, enquanto dignidade do trabalhador é o gozo de existencialidade mínima, sendo ambos os conceitos neutralizados ideologicamente ante a dimensão expansiva do termo vida. Um paradigma de construção personalíssima e singular dos atores sociais se impõe, com forte traço filosófico no mundo do trabalho e sugestão de ação, obra permanente e discurso no seio das relações laborais. Nessa vereda o direito do trabalho contribui com a restituição da condição humana e imanta-se de sentido de vida.



Resumo Inglês:

Current analysis relates the essential aspects of the human condition within the structure of the production and consumption society, proper to homo faber, in which technology frames its rational creators and makes them disposable. The labor world as a condition for the promotion of the common
good, with its distribution of rights and duties to social roles, neutralizes the human capacity of personal consolidation. In fact, it may be re-thought as a phenomenological attribute of the species. If humanization means life expansion and the natural norm triggers human beings towards transcendence, current labor model constructs the homo economicus and forgets the ontological attributes that maintain them within nihilism. As far as they are the person’s juridical contents, the paradigms of liberty and equality within the labor spherewither in the wake of volition with regard to labor or to consumption. They rather involve techniques in social engagement and distribution of risks and calculations. The firm’s social function is the prescription of the State through juridical positivation within the abidance of the law, where the workers’dignity consists of the right to minimum existentiality. Both concepts are ideologically neutralized in the wake of the expansive dimension of life. The paradigm of personal and specific construction of the social actors is required as a philosophical engagement in the labor world and a suggestion of action,or rather, a permanent task within labor relationships. Labor laws contribute towards the restitution of the human condition and give meaning to life.



Resumo Espanhol:

Objetiva el artículo relacionar los aspectos esenciales de la
condición humana en la estructura social de producción y consumo, propia
del homo faber, en que la técnica vuelve a su creador desechable y líquido. El mundo del trabajo, en cuanto esfera de fomento de bienes comunes, distribuye
derechos y deberes a los papeles sociales y neutraliza las capacidades humanas
de consolidación de la persona –habiendo de ser revisto como atributo
fenomenológico de la especie. Si la humanización significa expansión (en) vida
y una norma natural pone al ser humano a hacerse en salto de transcendencia, el
modelo actual del engranaje del trabajo vitaliza el homo economicus y olvida
las capacidades ontológicas que los mantienen en nihilismo. Los paradigmas
de libertad e igualdad, en cuanto contenidos jurídicos de la persona, en la esfera
del trabajo, se disuelven frente a la escasez de la manifestación volitiva, sea
en la relación de trabajo, sea en el proceso de consumo, tratándose de técnica
de compromiso social y la distribución de riesgos y cálculos. Función social
de la empresa es prescripción del Estado vía jurídica positivada, en el puro
cumplirse de la norma, en cuanto dignidad del trabajador es el goce existencial
mínimo, siendo ambos los conceptos neutralizados ideológicamente frente
a la dimensión expansiva del término vida. Un paradigma de construcción
personalísima y singular de los actores sociales se impone, con fuerte rasgo
filosófico en el mundo del trabajo y sugerencia de acción, obra permanente y
discurso en el seno de las relaciones sociales. En esa perspectiva, el derecho
del trabajo contribuye con la restitución de la condición humana y se concreta
el sentido de la vida.