Por uma literatura in-disciplinada na sala de aula

Odisseia

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ISSN: 1983-2435
Editor Chefe: Samuel Anderson de Oliveira Lima e Marcelo da Silva Amorim
Início Publicação: 31/07/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

Por uma literatura in-disciplinada na sala de aula

Ano: 2024 | Volume: 9 | Número: 2
Autores: B. M. F. de Sousa (Tradutora), O. Naouar (Autor)
Autor Correspondente: B. M. F. de Sousa (Tradutora) | [email protected]

Palavras-chave: literatura, conhecimento do escritor, representações sociais, paradigma estético, didática.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo explora duas perspectivas entrecruzadas: por um lado, a questão do conhecimento do escritor e seus escorregamentos na obra e como este conhecimento, mediado pela literatura e por seu ensino, particularmente em aulas de língua estrangeira, acaba produzindo um material de trabalho sobre as representações culturais e interculturais. O segundo eixo, aborda a questão da literaturização da pedagogia e da pedagogização da literatura, mas na perspectiva de alimentar a hipótese de um paradigma estético em educação que tira proveito da arte, tanto no seu regime produtivo quanto receptivo. Ambas as perspectivas alimentam a tese da centralidade do uso da literatura, sem descaracterizá-la em abordagens excessivamente estruturalistas ou didáticas. Trata-se de explorar o que a literatura nos diz de uma cultura que não possa ser expresso por outras disciplinas.



Resumo Francês:

Cet article explore deux perspectives entrelacées, d’une part, la question du savoir de l’écrivain et ses ruissèlements dans l’œuvre et de comment ce savoir, médiatisé par la littérature et son enseignement, notamment dans les classes de langue étrangère, finit par produire une matière de travail sur les représentations culturelles et interculturelles. Le Deuxième axe réaborde la question de la littératurisation de la pédagogie et la pédagogisation de la littérature, mais dans le but d’évaluer l’hypothèse d’un paradigme esthétique en éducation, qui tire profit de l’art, autant par son régime productif que par sa réception. Les deux perspectives soutiennent la thèse de la centralité de l’usage de la littérature, sans la dénaturer par des approches trop structuralistes ou didactiques. Il s’agit d’explorer ce que la littérature nous dit d’une culture qui ne peut être exprimée par d’autres disciplines.