Contemporaneamente, com a expansãodos estudos teatrais para os campos da performance e das formas performativasdas artes visuais, como a “live art” e os “sitespecific”, o vídeo e as instalações, bem como as crescentes interfaces com disciplinas como a antropologia, a etnologia ea sociologia, foi se tornando cada vez mais complexo definir este objeto privilegiado de investigação, o espetáculo. A pretensão aqui é tentar recortar melhor este campo, arriscando depurá-lo de um excesso de referências possíveis a fim de definir o que nele seria ontologicamente específico. Na busca desta especificidade tenta-se, por um lado resgatar a noção de espetáculo da generalidade que algumas abordagens o lançaram ao mesmo tempo em que se quer refazer a história conceptual que vai originar a sua acepção moderna e propor a retomada da noção de mimesis, e um seu desdobramento, a noção de desempenho espetacular, como produtivas para operar a leitura da cena contemporânea.