Porque retomar a noção de experiência em Georges Bataille

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ISSN: 2675-0597
Editor Chefe: Fernando Hartmann
Início Publicação: 05/11/2019
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Multidisciplinar

Porque retomar a noção de experiência em Georges Bataille

Ano: 2019 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Silvia Raimundi Ferreira
Autor Correspondente: Silvia Raimundi Ferreira | [email protected]

Palavras-chave: experiência, soberania, sagrado, sacrifício, expérience, souveraineté, sacré, sacrifice

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo se propõe a retomar a noção de “experiência interior”, ponto importante da obra do escritor Georges Bataille, relacionando-a ao tema do sacrifício. Para tanto realiza-se uma retomada do momento no qual ela surge, período final da segunda guerra mundial, dos autores com os quais ela dialoga, além de incluir nessa discussão elementos do contexto social contemporâneo e das modificações políticas que estão em curso desde a virada no milênio. A validade desse estudo se justifica no atual recrudescimento de rígidas posições morais e religiosas e na política segregatícia que esse recrudescimento acarreta, bem como, na postura totalizante de parte da ciência que desconsidera a subjetividade humana; posições que tornam necessário um retorno ao tema do sagrado como experiência que escapa à lógica vigente.



Resumo Francês:

Le but de cet article est de reprendre la notion d’ “expérience intérieure” chez George Bataille, tout en l’associant au thème du sacrifice. Pour ce faire, nous nous pencherons sur le moment où cette notion surgit dans son oeuvre, à partir de celles des auteurs avec lesquels Bataille dialogue,vers la fin de la Seconde Guerre Mondiale. Aussi, incluerons-nous dans cette discussion le contexte social contemporain, tout comme certains changements politiques en cours depuis l’arrivée du nouveau millénium. La valeur de cette étude est attestée par la recrudescence de positions morales et religieuses rigides et par la politique ségrégationniste qu’elles entraînent, et par l’attitude totalitaire d’une partie de la science qui ne prend pas en compte la subjectivité humaine. De telles positions nous obligent nécessairement à un retour au thème du sacré en tant qu’expérience échappant à la logique en vigueur.