Portas Poéticas: espaço para a imprevisibilidade poética em cena

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ISSN: 1414.5731
Editor Chefe: Vera Regina Martins Collaço
Início Publicação: 01/08/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

Portas Poéticas: espaço para a imprevisibilidade poética em cena

Ano: 2020 | Volume: 2 | Número: 38
Autores: Nitza Tenenblat
Autor Correspondente: Nitza Tenenblat | [email protected]

Palavras-chave: Porta poética, coletiva teatro, dispositivo performativo, criação em coletivo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo examina a ferramenta denominada porta poética como dispositivo performativo de abertura espaço-temporal para a imprevisibilidade poética coletiva em cena. Apresenta como foi desenvolvido, sua definição e exemplos aplicados nos espetáculos O Amor Que Habito (2018), Uma Sonata Familiar (2018) e Luar de Contos (2019) da Coletiva Teatro. Em espetáculo com encenação definida, abre-se espaço para desvios com o objetivo de intensificar o momento dramático, possibilitando múltiplas novas camadas de significação em tempo real que emergem no e do encontro entre artistas e público. Investiga-se o grau de liberdade poética e performativa do dispositivo bem como as condições necessárias e implicações dramatúrgicas do seu uso. Artista e público tornam-se reconfiguradores contínuos de singularidades poéticas.



Resumo Inglês:

This article examines the tool denominated poetic door as a performative device that opens space-time opportunities for the poetics of the collective unpredictability on stage. It presents how it was developed, its definition and applied examples in the productions O Amor Que Habito (2018), Uma Sonata Familiar (2018) and Luar de Contos (2019) by Coletiva Teatro. In a blocked performance, space for deviation is created with the goal of intensifying a given dramatic moment, enabling multiple new layers of meaning in real time that emerge during and as a result of the encounter between artists and audience. The degree of poetic freedom and performativity of the device are investigated as well as the required conditions and dramaturgical implications of its use. Artist and audience become continuous reconfigurators of poetic singularities.