Este artigo propõe uma reflexão sobre o ato de nomear uma língua, considerando-o enquanto um gesto político. Para discutir a nomeação da língua, apresenta-se como objeto de discussão o caso do Português do Uruguai e Português de Missiones. Ambos casos, leva-nos a compreender a relação língua e território e de que modo se constituem os vínculos de pertença com o Brasil, o sentimento de nacionalidade e/ou configuração de novas identidades de falantes imigrantes ou descendentes de imigrantes brasileiros que se deslocaram e habitam, há mais de um século, as zonas fronteiriças do Uruguai e Argentina com o Brasil.
This article proposes a reflection on the act of naming a language, considering it as a political gesture. To discuss the naming of the language, the case of Portuguese from Uruguay and Portuguese from Missiones is presented as an object of discussion. Both cases lead us to understand the relationship between language and territory and how the bonds of belonging with Brazil are constituted, the feeling of nationality and/or configuration of new identities of immigrant speakers or descendants of Brazilian immigrants who have moved and for over a century they have inhabited the border areas of Uruguay and Argentina with Brazil.