Posição de classe, redes sociais e carreiras militantes no estudo dos movimentos sociais

Revista Brasileira De Ciência Política

Endereço:
Universidade de Brasília - Campus Universitário Darcy Ribeiro - Gleba A - Instituto de Ciência Política - Asa Norte
Brasília / DF
70910-900
Site: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0103-3352&lng=pt&nrm=iso
Telefone: (61) 3307-2865
ISSN: 1033352
Editor Chefe: Luis Felipe Miguel e Flávia Biroli
Início Publicação: 31/12/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciência política

Posição de classe, redes sociais e carreiras militantes no estudo dos movimentos sociais

Ano: 2010 | Volume: 0 | Número: 3

Palavras-chave: posição de classe, redes sociais, carreiras militantes, movimentos sociais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Em consonância com a transformação das formas de mobilização e de protesto coletivo, os estudos sobre os Movimentos Sociais têm registrado uma grande renovação conceitual e metodológica nas últimas décadas. Um dos efeitos disso tem sido o abandono da polarização entre as abordagens centradas na posição de classe e as que focalizam o papel das redes de organização e de movimentos sociais para a emergência do surgimento e a continuidade das mobilizações coletivas. O objetivo deste artigo é introduzir uma discussão conceitual sobre a pertinência dos conceitos de classe, redes sociais e carreiras militantes no estudo dos movimentos sociais. Primeiramente, procede-se a uma rápida revisão da literatura sobre movimentos sociais com o objetivo de situar o contexto teórico que conduziu à recuperação da noção de “carreira” e à sua utilização nas investigações atuais do militantismo. Em segundo, e com base numa investigação sobre os dirigentes do movimento ambientalista, trata-se de fazer uma breve descrição dos principais padrões de “carreiras” que conduzem à militância no movimento ambientalista e suas transformações entre 1970 e início dos anos 2000.



Resumo Inglês:

In accordance with the transformation of forms of mobilization and collective protest, the studies on Social Movements have registered a great conceptual and methodological renewal in the last few decades. One of its effects has been the abandonment of the polarization between the approaches centered on the class position and those focusing the role of organization networks and social movements for the emergency and continuity of collective mobilizations. The purpose of this article is to introduce a conceptual discussion over the pertinence of the concepts of class position, social networks and militant careers for the study of social movements. Firstly, it proceeds to a succinct review of the literature on social movements with the aim of determining the theoretical context that led to the recovery of the notion of “career” and its use in current researches on activism. secondly, and based on a research about activist leaders in the environmental movement, it presents a brief description of the main patterns of “careers” that led to the militancy in the environmental movement and its transformations between 1970 and the beginnings of the 2000’s.