De maneira geral e simplista, é possÃvel observar duas posturas nas ciências sociais, mais precisamente na Antropologia, no tocante à universalidade dos elementos culturais: de um lado, um grupo de estudiosos adeptos do particularismo/empirismo e, do outro lado, estudiosos que compreendem a cultura de acordo com a proposta universalista. Na tentativa de não incorrer em uma análise simplista da produção antropológica nos últimos anos, este trabalho objetivou refletir sobre a relação entre alguns estudos teóricos produzidos pelo antropólogo Claude Lévi-Strauss e a LinguÃstica de base estruturalista para, fundamentalmente, observar como esta última influenciou a produção lévi-straussiana. Diferentemente dos autores particularistas/empiristas, Lévi-Strauss propõe analisar as relações sociais por meio de modelos formais que tivessem como objetivo compreender as regras estruturais subjacentes à s relações sociais. Para tanto, o antropólogo, desenvolveu um arcabouço teórico-metodológico influenciado pela LinguÃstica Estruturalista da Escola de Praga, sobretudo, pela fonologia desenvolvida pelo linguista Nikolai Troubetzkoy. Além desta inter-relação direta entre Antropologia e LinguÃstica, Lévi-Strauss fez vários apontamentos importantes sobre as questões “em aberto†deixadas pelas duas áreas cientÃficas.