Dodonaea viscosa (L.) Jacq. apresenta a capacidade de formar populações densas e dominantes, sendo possÃvel a ocorrência de alelopatia como uma das estratégias no estabelecimento dessas populações. Com o objetivo de verificar a existência de potencial alelopático nessa espécie, foram realizados bioensaios de germinação e crescimento inicial em placas de Petri, usando-se alface como planta alvo. Extratos aquosos de folhas secas de D. viscosa, nas concentrações 2 e 4%, obtidos por maceração estática com água fria e quente, foram utilizados. Como controle, usou-se água destilada. Determinou-se o pH, o potencial osmótico e o resÃduo dos extratos para excluir efeitos não alelopáticos. Taninos e saponinas foram detectados nos extratos por reações fitoquÃmicas qualitativas. Ambos extratos preparados a frio e o obtido a quente a 4% afetaram a germinação da alface, alterando a germinabilidade, o tempo médio, a velocidade média e a entropia de germinação dos aquênios tratados. O desenvolvimento do hipocótilo e da raiz da alface foi inibido pelos extratos obtidos a quente. Os resultados indicam a existência de potencial alelopático em D. viscosa, uma vez que os extratos contêm substâncias quÃmicas possivelmente inibitórias à germinação.