POTENCIAL DE PRODUTOS BIÓTICOS E ABIÓTICOS COMO INDUTORES DE RESISTÊNCIA NO CONTROLE DE PODRIDÕES PÓS-COLHEITA EM MANGA, NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO

Ano: 2012 | Volume: 25 | Número: 2

Autores: MARIA DALVA DA CONCEIÇÃO SILVA DE MOURA, ANA ROSA PEIXOTO, EDVANDO MANOEL DE SOUZA, ROGÉRIO DOS S. MARTINS, LEONARDO SOUSA CAVALCANTI

Palavras-chave: Manejo de doenças pós-colheita, Mangifera indica L. Patógenos, Indutores de resistência.

Resumo Português:

Com o objetivo de minimizar a incidência das podridões pós-colheita, em manga, causadas pelos
patógenos Lasiodiplodia theobromae, Fusicoccum aesculi, e Colletotrichum gloeosporioides, foram testados
cinco indutores de resistência, em condições de campo: (T1) testemunha (nenhum tratamento); (T2) Fosetyl-
AL; (T3) Agromós; (T4) Fosfito de Cálcio; (T5) Fosfito de potássio (K30) e (T6) Acibenzolar-S-Methyl, os
quais foram comparados com o tratamento controle, convencional da fazenda, (T7) composto de: Piraclostrobina;
Tiofanato Metílico; Azoxistrobina; Difeconazole; Tebuconazole; Tiabendazole e Tetraconazol. As pulverizações
foram realizadas utilizando-se pulverizador costal manual em um total de sete aplicações com intervalo
de 15 dias. O delineamento estatístico utilizado foi em blocos ao acaso com sete tratamentos e quatro repetições,
onde cada planta foi considerada uma repetição, perfazendo 28 plantas. Obteve-se uma incidência de podridões
pós-colheita em 77,9% dos frutos tratados. Não foram observadas diferenças significativas entre os
indutores de resistência testados nem mesmo em relação à testemunha. No entanto, o tratamento convencional
(T7) adotado pela Fazenda apresentou apenas 25% de incidência da doença e diferiu estatisticamente dos demais.
No estudo da etiologia das podridões verificou-se maior percentual de C. gloeosporioides, apresentando
75% de frequência seguido de L. theobromae, F. aesculi, A. niger e Alternaria sp, causando podridão póscolheita,
observados nos percentuais de 11%, 5,5%, 2,7%, 1,3%, respectivamente. Detectou-se, ainda, 4,3% de
microrganismos não identificados.

Resumo Inglês:

With the purpose to minimize the incidence of stem-end rot, mango, caused by Lasiodiplodia
theobromae, Fusicoccum aesculi, and Colletotrichum gloeosporioides, five resistance inductors were tested
under field conditions: (T1) absolute control (no treatment); (T2) Fosetyl-AL; (T3) Agromós; (T4) Calcium
Phosphite; (T5) Potassium Phosphite: (K30) and (T6) Acibenzolar-S-methyl; which were compared to the control
treatment, to the conventional treatment on the farm (T7) compound: Pyraclostrobin; Thiophanate methyl;
Azoxystrobin; Difeconazole; Tebuconazole; Thiabendazol; Tetraconazole. The sprayings were performed using
a knapsack sprayer in a total of seven applications with 15-day intervals. The statistical design was a randomized
block design with seven treatments and four replications, with each plant being considered a repetition,
totaling 28 plants. Incidence of post-harvest rot was obtained for 77.9% of the treated fruit. No significant difference
between the tested resistance inducers was observed, not even regarding the control. However, the conventional
treatment (T7), adopted by the farm, showed a 25% disease incidence only and diverged statistically
from the others. Studying the etiology of the rot, high indices of C. gloeosporioides, with 75% incidence, were
verified, followed by L. theobromae, F. aesculi, A. niger and Alternaria sp, with incidence of 11%, 5.5%, 2.7%
and 1.3%, respectively. Moreover, 4.3% of non-identified micro-organisms were detected.