Povos indígenas e a legislação sobre ética em pesquisa no Brasil: relatos de uma pesquisa em saúde indígena

Revista Mundaú

Endereço:
Avenida Lourival Melo Mota - S/n - Tabuleiro do Martins
Maceió / AL
57072-900
Site: http://www.seer.ufal.br/index.php/revistamundau
Telefone: (82) 3214-1322
ISSN: 2526-3188
Editor Chefe: Silvia Aguiar Carneiro Martins
Início Publicação: 01/12/2016
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia

Povos indígenas e a legislação sobre ética em pesquisa no Brasil: relatos de uma pesquisa em saúde indígena

Ano: 2017 | Volume: 0 | Número: 2
Autores: Silvia Guimarães
Autor Correspondente: Silvia Guimarães | [email protected]

Palavras-chave: Povos indígenas, Ética, Etnografia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste trabalho é discutir como em determinada instância do Estado brasileiro são posicionados os povos indígenas com relação a resoluções e normativas que tratam da ética em pesquisa em seres humanos. Foram realizadas análises do conteúdo das resoluções que tratam da ética em pesquisa no Brasil e, também, da experiência de ter submetido um projeto de pesquisa no campo da saúde indígena ao sistema CEP-CONEP. Na esfera da pesquisa com povos indígenas, o Estado mais uma vez não consegue acompanhar a dinamização do universo indígena. A tutela marca a relação do Estado brasileiro com os povos indígenas no campo da ética em pesquisa, situando-os como incapazes e vulneráveis e, portanto, dependentes do Estado que deve responder por eles.



Resumo Inglês:

The objective of this work is to discuss how indigenous peoples are positioned in relation to resolutions and norms that deal with ethics in research with human beings, especially in a given instance of the brazilian state. It analyzes the content of resolutions that deal with ethics in research in Brazil and also the experience of having submitted a research project in the field of indigenous health to the CEP-CONEP system were carried out. In the sphere of research with indigenous peoples, the state once again ignores the dynamization of the indigenous universe. The tutelage marks the relation of the Brazilian State with the indigenous peoples in the field of ethics in research, placing them as incapable and vulnerable and, therefore, dependent on the state that must respond for them.



Resumo Espanhol:

El objetivo de este trabajo es discutir como, en determinada instancia del Estado Brasileño, son puestos los pueblos indígenas en relación a resoluciones y normativas que tratan de la ética de investigaciones en seres humanos. Fueron realizadas analices de contenido de las relaciones que tratan de la ética en investigación en Brasil, y también, del experimento de tener sometido un programa de investigación en el campo de la salud indígena al CEP-CONEP. En la esfera de investigación con pueblos indígenas, el Estado mas una vez ignora la dinamización del universo indígena. La tutela marca la relación del Estad brasileño con los pueblos indígenas en el campo de la ética en investigación, situándolos como incapaces y vulnerables y, por lo tanto, dependientes del Estado que debe responder por ellos.



Resumo Francês:

L'objectif de ce travail c’est discuter comment, à partir du scénario de l'État brésilien, se sont positionnés les peuples autochtones par rapport aux normes qui sont appliqués à l'éthique de la recherche avec les humains. Des analyses de contenus des résolutions et des normes, qui ont un rapport avec l'éthique en recherche au Brésil, ont été réalisées. Nous avons également analysé l'expérience d'avoir soumis un projet de recherche sur la santé indigène auprès du système CEP-CONEP. À ce qui concerne la recherche sur les peuples indigène, une fois plus, l'État brésilien ignore les dynamiques de cet univers. Le pouvoir tutélaire marque la relation de l'État brésilien avec les peuples autochtones dans les domaines de l'éthique en recherche. Cela reproduit ces populations comme des incapables et vulnérables. Il s’agit d’une façon d’exprimer la dépendance et le rôle dont l’État a besoin de répondre au nom de ces populations.