O objetivo deste artigo é refletir sobre questões referentes às relações afetivo sexuais entre homens e mulheres na sociedade atual a partir da experiência de casais adeptos da prática do swing. Particularmente, procuro compreender quais dimensões da experiência estariam envolvidas no discurso dos adeptos do swing sobre o prazer que obtém em sua prática. Busco analisar os diferentes aspectos que parecem relacionados ao se falar em prazer para os adeptos da troca de casais: a fantasia, a transgressão, a intensidade e o controle. Qual o sentido que os casais entrevistados dão para a sua experiência? Até onde vai a busca pela satisfação de fantasias sexuais? Há um limite para a intensificação do prazer? A reflexão está baseada na análise de 13 entrevistas realizadas com casais adeptos da prática do swing entre os anos de 2003 e 2007 na cidade do Rio de Janeiro. Também são fontes de análise as anotações resultantes de observação participante realizada em dezenove encontros semanais de casais praticantes de swing, em uma casa especializada na Zona Sul carioca e outra no Centro.