Objetivo: Analisar a relac¸ão entre prática esportiva, educac¸ão fÃsica escolar, atividade fÃsica
habitual e indicadores cardiovasculares de risco em adolescentes.
Métodos: Estudo transversal que selecionou 120 escolares (idade média 11,7±0,7 anos), sem
consumo de medicamentos. Prática esportiva fora do ambiente escolar e educac¸ão fÃsica escolar
foram avaliadas por entrevista face a face, enquanto a atividade fÃsica habitual foi avaliada
por pedometria. Peso corporal, estatura e altura troncocefálica foram usados para estimar
a maturac¸ão biológica. Foram avaliados: gordura corporal, pressão arterial, frequência cardÃaca
durante o repouso, velocidade do fluxo sanguÃneo, espessura mediointimal das artérias
(carótida e femoral), variabilidade da frequência cardÃaca (média entre batimentos cardÃacos
consecutivos e o Ãndice estatÃstico no domÃnio do tempo que representa atividade do sistema
nervoso autônomo parassimpático por meio da raiz quadrada da média das diferenc¸as sucessivas
ao quadrado entre intervalos R-R consecutivos). Correlac¸ão de Spearman verificou relac¸ão entre
as variáveis. Relacionamentos significativos foram ajustados por: sexo, etnia, idade, gordura
corporal e maturac¸ão biológica.
Resultados: Prática esportiva, independentemente dos ajustes, apresentou correlac¸ão positiva
com atividade do sistema nervoso autônomo parassimpático (=0,039 [0,01; 0,76]). Por outro
lado, a relac¸ão entre tal engajamento e a média entre os intervalos R-R (=0,031 [---0,01; 0,07])
foi mediada pela maturac¸ão biológica.
Conclusões: A prática esportiva foi relacionada a uma maior variabilidade da frequência cardÃaca
durante o repouso.