Este trabalho reflete sobre a dificuldade em interpretar sentidos e significados culturais construÃdos com base nas práticas de saúde. Tem como objetivo atualizar os instrumentos teóricos acessÃveis para uma análise interpretativa desse processo de construção. Segue um roteiro de tópicos encadeados que se inicia com a apresentação de dois paradigmas ligados à saúde: o clássico e o da vitalidade. Discute-se um desenho de estrutura social que, juntamente com os atores das práticas e um conjunto de elementos, engendra reações e transformações sociais. Explora-se a concepção de percepção como construção social e o conceito de habitus enquanto mediação entre estrutura e práxis. Foram construÃdas figuras para posicionar elementos interpretativos. ConcluÃmos que é na condição de praticante que podemos construir novos sentidos e significados e "sermos construÃdos" por eles, e que as práticas de saúde podem produzir novos modelos de enfrentamento da crise sanitária como "respiradouros" numa realidade de desigualdades sociais.
This paper approaches the difficulties faced by professionals and students to interpret cultural meanings and senses constructed from health practices. The main objective is to update the theoretical instruments that are available to the interpretative analysis of this construction process. A list of linked topics is provided, introducing two health-related paradigms: the classical one and that of vitality. Then we discuss a social structure design that, together with the practitioners and a set of elements, triggers reactions and social transformations. We explore the conception of perception as social construction and the concept of habitus as mediation between structure and praxis. We created figures to position the interpretative elements. The conclusion is that it is in the role of practitioner that we can build new meanings and senses and "be built" by them, and that health practices may produce new models to face the sanitary crisis, as if they were "escape points" within a reality of social inequalities.
Este trabajo reflexiona sobre la dificultad de interpretar sentidos y significados culturales construidos a partir de las prácticas de salud. Tiene por objeto actualizar los instrumentos teóricos acessibles para un análisis interpretativo de este proceso de construcción. Sigue una ruta de tópicos encadenados que se inicia con la presentación de dos paradigmas vinculados a la salud: el clásico y el de la vitalidad. Se discute un diseño de estructura social que, junto con los actores de las prácticas y un conjunto de elementos, engendra reacciones y transformaciones sociales. Se explora la concepción de percepción como construcción social y el concepto de hábitos como mediación entre estructura y praxis. Se han construido figuras para posicionar elementos interpretativos. Concluimos que es en la condición de parcticante en que podemos construir nuevos sentidos y significados y "seremos construidos" por ellos, y que las prácticas de salud pueden producir nuevos modelos para afrontar la crisis sanitaria como "respiraderos" en una realidad de desigualdades sociales.