Os discursos governamentais frequentemente justificam suas ações com base na capacidade financeira para execução. Ao longo das últimas décadas nos acostumamos a uma prática discursiva que atribui à eficiência e à competitividade no mercado o suporte econômico que, por consequência, cria as condições para que possamos melhorar a qualidade de vida, seja individual, seja da população em geral. Entretanto, ao atrevermo-nos a um olhar diferente encontramos práticas discursivas desvalorizadas ou negadas em uma batalha de saber-poder que busca manter a legitimidade das ideias que predominam. Razão pela qual, este texto busca fazer um resgate de algumas das condições que possibilitaram o predomÃnio, na atualidade da sociedade brasileira, da lógica econômica sobre os aspectos socioculturais.