O presente artigo pretende estabelecer o debate das possibilidades de práticas docentes
comprometidas com a transformação das relações educativas e societárias em espaços formais de
escolarização para jovens e adultos trabalhadores. Esse esforço e esse compromisso político, por parte
dos docentes, estão fortemente vinculados ao pensamento freiriano e aos pressupostos da Educação
Popular. O debate será estabelecido a partir da categoria conscientização, em diálogo com autores de
matrizes crítica e conservadora, a saber: Paulo Freire, Miguel Arroyo, Marilena Chauí, Giovanni
Semeraro, Hugo Lovisolo e Hannah Arendt. Procura-se, assim, problematizar, a partir de tal categoria, os
caminhos metodológicos e políticos de uma educação de jovens e adultos comprometida com a
emancipação de seus alunos e com a transformação societária, entendendo, portanto, que tais ações se
consubstanciam na atualização/radicalização dos pressupostos da Educação Popular em processos
formais de escolarização.