Nas economias contemporâneas, o desempenho dos sistemas de inovação estão, em grande medida, associados à intensidade e à eficácia das interações entre os diferentes atores envolvidos na geração e difusão de novos conhecimentos e novas tecnologias. Essas interações traduzem-se numa forma institucionalizada de "aprendizagem" mútua, que contribui para a criação de um estoque de conhecimentos economicamente úteis. A partir desse postulado geral, o artigo propõe uma análise das principais evoluções na natureza das interações entre a pesquisa cientÃfica e a atividade industrial nos paÃses desenvolvidos, focalizando as novas modalidades de intervenção dos poderes públicos voltadas ao favorecimento e ao apoio direto a essas colaborações. O artigo baseia-se, fundamentalmente, nas informações coletadas por dois estudos comparativos das experiências mais recentes observadas nos principais paÃses industrializados, realizados sob os auspÃcios da OCDE e da União Européia. As "relações ciência-indústria" (RCI) prevalecentes nesses contextos são aqui examinadas sob a perspectiva das modalidades e da importância relativa dos dispositivos de cooperação existentes, dos novos arranjos institucionais e das estruturas de incitação que vêm sendo amplamente adotadas pelos poderes locais. Finalmente, são brevemente apresentadas algumas implicações de polÃtica e as principais recomendações que emanam desses estudos.
In contemporary economies, the performance of innovation systems is in a large measure, associated to the intensity and efficiency of interaction among the different players involved in the generation and diffusion of new knowledges and technologies. These interactions are translated into a kind of institutionalized mutual "learning" that contributes to create a stock of economically useful knowledges. From this general postulate, the paper offers an analisys of the main developments in the nature of the interactions among scientific research and industrial activity in developed countries, focusing the new ways of public power intervention aiming to favour and to directly support
these collaborations. The paper is based essentially in the information gathered in two comparative studies of the more recent experiences observed in the main industrialized countries, carried out under the patronage of OECD and the EU. The "industry-science relationships" (RCI) prevailing in these
contexts are here examined under the perspective of the modalities and of the relative importance of the available cooperation dispositives, of the new institutional arrangements and of the structures
of incentive that are being widely adopted by local powers. Finally, some policy implications and the main recommendations deriving from these studies are briefly presented.