Este artigo propõe uma articulação teórica dos conceitos Práticas Sociais, Cultura e Inovação, objetivando interpretar interações realizadas em organizações. Práticas sociais representam manifestações culturais da organização e cultura é entendida como vetor explicativo dessas práticas. Considera-se Inovação como fenômeno dinâmico, não linear, fundamental para a construção de novos comportamentos, produtos e serviços organizacionais. A base teórica apoia-se em autores como: Bourdieu, DaMatta, D’Iribarne, Dupuis, Faoro, Geertz, Giddens, Guerreiro Ramos, Holanda, Motta e Weber. O modelo de D’Iribarne, com suas categorias de análise - senso de dever; relações hierárquicas; percepção de controle; defi nição de responsabilidades; sanções; qualidade da cooperação e regulação - foi utilizado nessa articulação conceitual. Transpondo-se a discussão para o caso do Brasil, foi possÃvel concluir que práticas organizacionais brasileiras são manifestações enraizadas à s caracterÃsticas culturais do paÃs. Essas práticas podem ser tradicionais ou inovadoras em função das caracterÃsticas regionais que definem as distintas subculturas nacionais.
This article proposes a theoretical articulation of Social Practices, Culture and Innovation concepts, aiming to interpret interactions undertaken in organizations. Social practices represent organizational culture artifacts and culture is understood as an explanatory drive of those practices. Innovation is considered as a dynamic phenomenon, non-linear, central to building new organizational behaviors, products and services. The theoretical approach is supported by authors such as Bordieu, DaMatta, D’Iribarne, Dupuis, Faoro, Geertz, Gideens, Guerreiro Ramos, Holanda, Motta and Weber. The
D’Iribarne model with its categories of analysis – sense of duty, hierarchical relationships, control perception, defi nition of responsibilities, sanctions, quality of cooperation and regulation – was used on the conceptual articulation: Taking the discussion to the Brazil’s case it was possible to
conclude that Brazilian organizational practices are manifestations embedded in that country cultural characteristics. These practices can be traditional or innovative in terms of regional characteristics that encompass the different national subcultures.