Este artigo levanta questões em torno do teatro como veículo de libertação e resistência política. Busca indicar como o seu potencial enquanto técnica de si e espaço de experiência foi enredado nas malhas da governamentalidade. Indica as questões que tradicionalmente se direcionam ao trabalho artístico como prática pedagógica, procurando refletir sobre as linhas de força que constituem os embates entre poder e liberdade. Concentra-se na experiência do coletivo paulista II Trupe de Choque, em sua residência artística no Hospital Psiquiátrico Pinel, refletindo sobre as formas de resistência e contraconduta gestadas nesse processo.
This article raises questions around theater as a vehicle for liberation and resistance. It intends to indicate how its potential as a self-practice and experience has been entangled in the meshes of governmentality. It indicates issues that traditionally address artistic work as a pedagogical practice, trying to reflect on the lines of force that constitute the clashes between power and freedom. It focuses on the experience of the collective II Trupe de Choque, in its artistic residency at the Pinel Psychiatric Hospital, reflecting on the forms of resistance and counter-conduct that were managed in this process.