O presente ensaio problematiza a noção essencialista da capoeira, defendendo a
tese de sua constituição mestiça, resultante de hibridações culturais ainda em
movimento. Para tanto, organizamos o texto em três nuances (pré-capoeira,
capoeira e pós-capoeira) de hibridação cultural. Na primeira parte apresentamos
vertentes que poderiam ter influenciado os primeiros movimentos do que viria a se
identificar como capoeira. Posteriormente, situamos a tradição inventada da
capoeira e sua transição de prática corporal ilÃcita à s diferentes institucionalizações.
Por fim, frente a uma suposta cristalização identitária, situamos possÃveis influências
da capoeira sobre novas práticas sociais.