Este artigo tem por objetivo elucidar dois modos de Nietzsche situar Sócrates na história da filosofia: como o último filósofo puro, em continuidade com uma sequência que começa com Tales, e como o primeiro filósofo grego que rompe com seus antecessores, marcando o fim de um glorioso percurso e o inÃcio de um “duvidoso Iluminismoâ€. Pretendemos mostrar que não se trata de uma contradição na interpretação nietzschiana sobre Sócrates, já que ele utiliza duas perspectivas diferentes, mas não opostas.
This article aims to elucidate the two manners by which Nietzsche places Socrates in the history of philosophy: as the last pure philosopher, in a continuum with a sequence that starts with Thales, and as the first Greek philosopher, who splits from his antecessors and thus defines the end of a glorious path and the beginning of a “dubious Enlightenmentâ€. We intend to show that this is not a contradiction in Nietzsche’s interpretation of Socrates, since he uses two different but not opposed perspectives.