PRECARIZAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA NO CONTEXTO DE COVID-19

SERVIÇO SOCIAL EM PERSPECTIVA

Endereço:
Avenida Rui Braga - Prédio 01 - Sala 202 - Vila Mauricéia
Montes Claros / MG
39401089
Site: http://www.periodicos.unimontes.br/sesoperspectiva/index
Telefone: (38) 3229-8455
ISSN: 25271849
Editor Chefe: DIEGO TABOSA DA SILVA
Início Publicação: 16/08/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Serviço social

PRECARIZAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA NO CONTEXTO DE COVID-19

Ano: 2022 | Volume: 6 | Número: 1
Autores: Natália Espinosa Pasqualin
Autor Correspondente: Natália Espinosa Pasqualin | [email protected]

Palavras-chave: Atenção Básica, Precarização, Covid-19

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo tem por objetivo discutir sobre a precarização da atenção básica e seu agravamento no contexto de Covid-19. Como metodologia teve a revisão bibliográfica e documental acerca da temática, bem como, a sistematização de aspectos públicos da experiência como assistente social residente em uma Unidade de Saúde vinculada a Escola de Saúde Pública/RS, em Porto Alegre, no ano de 2020, contexto de pandemia de Covid-19. Como precarização entende-se o conjunto de condições precárias de vida e de trabalho oriundos do processo de agravamento da desigualdade social, especialmente com o advento do neoliberalismo e da Contrarreforma do Estado. Concluiu-se que os processos de privatização da atenção básica impactam e precarizam o cuidado na saúde na medida emque colocam os profissionais em situação de insegurança, prejudicando a criação de vínculos. Essa relação agravou-se no contexto de pandemia, visto que as pessoas estavam passando por novas privações objetivas e subjetivas como desemprego e insegurança financeira, falta de convivência social, medos e ansiedades, etc. A lógica de funcionamento empresarial reduz os atendimentos de saúde na atenção básica a números e metas e, aliado à rotatividade de profissionais, dificulta o vínculo, o acolhimento e a longitudinalidade do cuidado, evidenciando a disputa entre projetos de saúde: democrático conforme os preceitos da Reforma Sanitária e privatista conforme os interesses de mercado.



Resumo Espanhol:

Este artículotiene como objetivo discutir la precariedad de la atención primaria y su agravamiento en el contexto de Covid-19. Como metodología, se realizó una revisión bibliográfica y documental sobre el tema y también la sistematización de aspectos públicos de la experiencia como trabajadora social residente en una Unidad de Salud vinculada a la Escuela de Salud Pública / RS, en Porto Alegre, en 2020, contexto de la pandemia de Covid-19. Se entiende por precariedad el conjunto de condiciones de vida y de trabajo precarias derivadas del proceso de agravamiento de la desigualdad social, especialmente con el advenimiento del neoliberalismo y la Contrarreforma del Estado. Se concluyó que los procesos de privatización de la atención primaria impactan y precarizan la atención de salud, pues ponen a los profesionales en una situación de inseguridad, dificultando la creación de vínculos. Esta relación se agravó en el contexto de la pandemia, ya que las personas vivían nuevas privaciones objetivas y subjetivas como el desempleoy la inseguridad financiera, falta de interacción social, miedos y ansiedades etc. La lógica del funcionamiento empresarial reduce la atención de la salud en atención primaria a números y metas y, junto a la  rotación de profesionales, dificulta la vinculación, acogimiento y extensión de la atención, resaltando la disputa entre proyectos de salud democráticos según los preceptos de Sanidad y reforma privatista de acuerdo a los intereses del mercado.