Através de uma pesquisa histórica e bibliográfica, o presente artigo aponta de que modo a precarização do trabalho tem acompanhado o homem desde os primórdios das relações laborais. Notar-se-á, que as mazelas ali incrustadas acabam por se repetir ao longo dos anos, ganhando, contudo, novas facetas, que acabam por levar, num primeiro olhar, a uma ideia de dignidade do trabalhador, mas que, após uma análise mais aguçada, demonstra a gritante disparidade entre os envolvidos em tais relações, quais seja, empregados e empregadores. Da análise da obra Os Corumbas, de Amando Fontes, datada da década de 30 do século XX, verificar-se-á situações de trabalho análogas às de escravidão e/ou forçado, escravidão esta, ainda presente nos dias de hoje, passados quase 100 anos.