Preconceito maquiado: o racismo no mundo fashionista e da beleza

Revista Pensamento Contemporâneo em Administração

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ISSN: 1982 2596
Editor Chefe: Joysi Moraes
Início Publicação: 31/10/2007
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Multidisciplinar

Preconceito maquiado: o racismo no mundo fashionista e da beleza

Ano: 2016 | Volume: 10 | Número: 4
Autores: M. L. C. Lage, D. A. Perdigão, F. G. Pena, M. A. F. Silva
Autor Correspondente: M. L. C. Lage | [email protected]

Palavras-chave: blackface, racismo, hegemonia branca, mundo fashionista

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, analisou-se discursos sobre o blackface no mundo fashionista e da beleza a partir da busca pela
representatividade e pelo protagonismo negro, em contraponto a uma liberdade de expressão artística do
profissional da área. Foi investigado um caso de blackface publicado pela empresa de cosméticos Avon em sua rede
social. O corpus de análise constituiu-se por discursos presentes nos comentários registrados na referida publicação.
Os dados foram categorizados e analisados com base na vertente da análise crítica do discurso teorizada por Dijk
(2012). Evidenciou-se que as práticas racistas continuam disseminadas na sociedade e seu reconhecimento ainda
é dificultado por sua naturalização. Também foi evidenciado que a percepção do blackface como arte ou prática
racista não está diretamente relacionada à cor da pele de quem a analisa, mas à sua percepção cognitiva embasada
na sua cultura, experiência de vida, capacidade crítica, conhecimento histórico, entre outros fatores.



Resumo Inglês:

In this article, we analyzed speeches on blackface in the fashionism and beauty world from the demand for the
black representation and protagonism as opposed to a artistic freedom of expression in the area. A case of
blackface published by cosmetics company Avon in its social network was investigated. The analysis consisted of
present speeches in the comments registered in that publication. Data were categorized and analyzed based on the
aspect of critical discourse analysis theorized by Dijk (2012). It was evident that racist practices are still widespread
in society and its recognition is still hampered by his naturalization. It was also shown that the perception of
blackface as art or racist practice is not directly related to the skin color of the person who looks but your cognitive
perception grounded in their culture, life experience, critical skills, historical knowledge, among other factors.