Preservação do ethos nas relações interculturais: sincretismo de valores na constituição do sujeito indígena

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ISSN: 1980-1858
Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

Preservação do ethos nas relações interculturais: sincretismo de valores na constituição do sujeito indígena

Ano: 2013 | Volume: 9 | Número: 16
Autores: Rita de Cássia Aparecida Pacheco Limberti
Autor Correspondente: R. de C. A. P. Limberti | [email protected]

Palavras-chave: semiótica, índio, sujeito

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

: Este trabalho contém a proposta de fazer uma reflexão teórica sobre subjetividade e identidade, a partir do relato de um kaiowá da Reserva Indígena de Dourados. Será analisado um fragmento do depoimento do índio Albino (33 anos), colhido sob o critério de registro de história oral de vida e publicado no livro Canto de Morte Kaiowá, trabalho do professor Dr. José Carlos Sebe Bom Meihy, São Paulo: Edições Loyola, 1991, p. 52-69. O texto que contém a fala do índio Albino enfoca particularmente o eu, muitas vezes colocado em 3ª pessoa, o que conota o estranhamento inerente ao exercício da subjetividade. A questão se coloca como objeto de análise pelo fato de o sujeito, no texto, passar durante todo o tempo entre a 1ª e a 3ª pessoas para falar de si mesmo. Existe uma transposição de pessoas para se traduzirem mutuamente: a 1ª pessoa é colocada para falar da 3ª, do mesmo modo que a 3ª pode estar representando a 1ª, ou ainda, a 1ª pessoa referindo-se objetivamente a si mesma. Dependendo do efeito de sentido a ser criado, com a erupção do sujeito, o discurso veicula essas combinações sem que fique claro qual delas está sendo privilegiada. Elegemos a teoria semiótica como o farol do que se poderia chamar de “a captura desse sujeito camaleônico” (LANDOWSKI, 1997, p. 8).