Este ensaio busca problematizar as seguintes indagações: Há democracia cultural no ensino de artes na contemporaneidade? Os (as) professores (as) que ministram tais disciplinas conseguem ensinar com alteridade a diversidade cultural existente? O currÃculo escolar e o ensino de artes visuais em Mato Grosso do Sul contemplam as produções artÃsticas não herdeiras da arte ocidental? Para este intento, utilizam-se, como referencial teórico, os conceitos de transculturalidade e alteridade, terminologias bastante discutidas nos últimos anos pela arte contemporânea e pela educação interdisciplinar, complexa e necessária para se viver com autonomia intelectual no século XXI. Assim, o ensino de artes visuais requer não apenas conhecimentos sobre o campo da arte e a prática pedagógica: necessita de um currÃculo que permita a transculturalidade, a vivência de diferentes fruições artÃsticas; além de revelar o que de mais criativo e questionador existe nas hibridizações culturais mais próximas.
This essay aims to question the following transculturalism: Is there cultural
democracy in the teaching of arts in the contemporaneity? The teachers of such disciplines
manage to teach with otherness the prevailing cultural diversity? The school curriculum and
the teaching of visual arts in Mato Grosso do Sul look on the artistic productions which do not
inherit the western art? For this purpose, we use as theoretical reference the concepts of
transculturalism and otherness, terminologies which have been widely discussed in the last
years by both the contemporary art and the interdisciplinary education which is complex and
necessary to live with intellectual autonomy in the XXI century. In this way, the teaching of
visual arts requires not only knowledge about the field of art and the educational practice: it
needs a curriculum which allows the transculturalism, the experience of different artistic
fruitions; besides revealing the most creative and questioning aspects present in the closest
cultural hybridizations.