Resumo:Tendo como base os conceitos de práticas, representações e apropriação de Roger Chartier; e memórias coletivas de Maurice Halbwachs, propõe-se uma análise das formas como a figura umbandista dos pretos-velhos é apropriada atualmente. O estudo, pautado pela metodologia da história oral, permitiu analisar as formas como a experiência de se consultar e conviver regularmente com os pretos-velhos influencia na construção das perspectivas, valores e expectativas desses consulentes, através da reelaboração da memória da escravidão negra no Brasil. Foi possível notar, sobretudo, a forma como são apropriados os trânsitos religiosos nessa figura do escravo sacralizado.
Abstract: Based on Roger Chartier concepts of practices, representations and appropriation, and collective memory by Maurice Halbwachs, we propose to analyze how the umbandist character of the old-blacks are appropriated nowadays. Oral history methodology allowed us to study how the experience of consulting and visiting regularly the old-blacks influences the constructions of perspectives, values and expectations of these consultants, through the recreation of black slavery memory in Brazil. It was possible to analyze, above all, how the religious dialogues are interpreted through this sacralized slave.