Objetivo: Realizar o rastreamento da prevalência das disfunções tireoidianas dos pacientes atendidos no Laboratório Clínico do Hospital do Policial Militar de Goiás, em Goiânia, GO. Métodos: Foi realizada a coleta de dados de 3.365 indivíduos com idades entre 01 e 99 anos, apresentando resultados das dosagens de TSH e T4 Livre e autoanticorpos tireoidianos (antitireoglobulina e antitireoperoxidase). A metodologia utilizada foi a eletroquimioluminescência. Resultados: Dos 3.365 pacientes, 31,0% eram do sexo masculino e 69,0% do sexo feminino. Desse total, 25,9% utilizavam medicamento para tireoide e 74,1% não. A classificação quanto à disfunção tireoidiana foi baseada no número de indivíduos que não realizavam uso de medicamentos para tireoide, dos quais, 81,4% apresentaram resultados normais e 18,6% resultados alterados. Dentre os resultados alterados, o hipotireoidismo subclínico apresentou prevalência de 64,9% no sexo feminino, sendo a faixa de 40 a 49 anos a mais acometida. No sexo masculino, a prevalência foi de 35,1% sendo a faixa de 50 a 59 anos a mais atingida. As mulheres apresentaram 36,1% de positividade para um ou dois dos autoanticorpos e os homens um percentual de 26,3%. Indivíduos com hipotireoidismo subclínico associado ao índice de massa corporal alterado, exibiram um percentual de 69,8%. Conclusão: Na triagem das disfunções tireoidianas, é indispensável a solicitação do TSH, pois esse teste aponta pequenas variações séricas dos hormônios tireoidianos, porém a adoção do T4 Livre é fundamental quando o TSH apresenta limitações. O hipotireoidismo subclínico foi mais prevalente em mulheres, sendo justificado por idade avançada, menopausa e maior procura pelos serviços de saúde.
Objective: Carry out the screening of the prevalence of thyroid dysfunctions of patients attended at the Clinical Laboratory of the Military Police Hospital of Goiás, Goiânia-GO. Methods: Data were collected from 3.365 individuals aged between 1 and 99 years, presenting TSH and free T4 dosages and thyroid autoantibodies (anti-thyroglobulin and anti-thyroperoxidase). The methodology used was electrochemiluminescence. Results: Of the 3.365 patients, 31.0% were male and 69.0% female. Of this total, 25.9% used thyroid medication and 74.1% did not. The classification for thyroid dysfunction was based on the number of individuals who did not use thyroid medications, where 81.4% had normal results and 18.6% had altered results. Among the altered results, subclinical hypothyroidism had a prevalence of 64.9% in females, and the age range from 40 to 49 years was the most affected. In the male sex, the prevalence was 35.1%, with the age group 50 to 59 being the most affected. The women had 36.1% of positivity for one or two of the autoantibodies and the men a percentage of 26.3%. Individuals with subclinical hypothyroidism associated with the altered body mass index, exhibited a percentage of 69.8%. Conclusion: In the screening of thyroid dysfunctions, the request for TSH is indispensable, since this test indicates small serum variations of the thyroid hormones, but the adoption of Free T4 is fundamental when the TSH has limitations. Subclinical hypothyroidism was more prevalent in women, being justified by advanced age, menopause and greater demand for health services.