Este trabalho teve como objetivo verificar a prevalência de incontinência urinária em mulheres no perÃodo pós-menopausa e traçar o perfil epidemiológico dessa população. Foram entrevistadas quarenta mulheres com idade entre 50 e 82 anos, com um perÃodo mÃnimo de um ano de amenorreia. A coleta de dados foi realizada utilizando um questionário elaborado pelos próprios autores, que buscavam informações referentes a fatores de risco para a incontinência urinária e suas caracterÃsticas clÃnicas. Dentre as mulheres entrevistadas, 20 apresentavam incontinência urinária, sendo que 70% das mulheres incontinentes eram caucasianas e 80% apresentavam alterações no Ãndice de Massa Corporal e não faziam uso de Terapia de Reposição Hormonal. Quanto ao histórico gineco-obstétrico, a maioria vivenciou 5 ou mais partos normais e foi submetida à histerectomia. Muitas mulheres entrevistadas relataram perda de urina em mais de uma situação da vida diária. Quando questionadas sobre o tratamento, 80% delas referiram nunca ter procurado ajuda médica e nenhuma delas fazia tratamento para a doença. Sendo assim, na assistência à saúde da mulher, mostra-se necessária a identificação do problema e de seus fatores de risco, assim como estratégias de intervenções para prevenção, diagnóstico e tratamento relacionados à perda urinária feminina.
This study aimed to determine the prevalence of urinary incontinence in women in postmenopausal
period and delineate the epidemiological profile of this population. We interviewed forty women between 50 and 82 years old with a minimum of one year of amenorrhea. Data collection was performed using a questionnaire developed by the authors themselves, who sought information regarding risk factors for urinary incontinence and its clinical features. Among the women interviewed, 20 had urinary incontinence, and 70% of incontinent women were Caucasian and 80% had changes in body mass index and were not using Hormone Replacement Therapy. Regarding gynecological obstetric history, most experienced 5 or more vaginal deliveries and underwent hysterectomy. Many women interviewed reported urine loss in more than one situation of daily life. When asked about the treatment, 80% of them reported they had never sought medical help and none was receiving treatment for the disease. Thus, in women’s health care, it seems necessary to identify the problem and its risk factors, along with intervention strategies for prevention, diagnosis, and treatment related to female urinary incontinence.