Introdução: A ITU é a terceira ocorrência clínica mais comum durante a gestação, podendo estar associado a complicações maternas como a hipertensão/préeclâmpsia, corioamnionite e endometrite. Os profissionais responsáveis pelo prénatal enfrentam problemas diante do tratamento das ITUs, devido a restrita opção de antibióticos considerando a toxidade de algumas substâncias para o embrião. Objetivo- Os objetivos deste trabalho foram avaliar a prevalência de ITU em gestantes atendidas no Hospital Escola de Valença-RJ, identificar as bactérias causadoras da infecção, avaliar o perfil de sensibilidade das cepas aos antimicrobianos prescritos e avaliar a relação sociocultural das gestantes. Materiais e Métodos- O estudo contou com a participação de gestantes em acompanhamento pré-natal apresentando sintomatologia clínica compatível com infecção urinária em qualquer período gestacional. Foram analisados os resultados de urinocultura com antibiograma e aplicado um questionário sócio-cultural-clínico para evidenciar tratamentos pregressos de ITU e condições socioeconômicas desta população. Resultados- Nosso estudo demonstrou que, dentro do espectro bacteriano que pode causar ITU na gestante, Escherichia coli é o uropatógeno mais comum, responsável por aproximadamente 80% dos casos. A análise de sensibilidade bacteriana aos antibióticos confirma que a prescrição de antibioticoterapia empírica é segura e eficaz para o tratamento das ITUs nas gestantes. Conclusão: Este estudo dará ao médico subsídio para prescrever empiricamente com maior grau de certeza visando a eficácia do tratamento.
Objectives -The purposes of this study were to evaluate the prevalence of UTI (urinary tract infection) among pregnant women admitted to the teaching hospital in Valença-RJ, to determine the bacterial agents causing the infection,to analyse the susceptibility patterns of the strains to antimicrobial agents prescribed and evaluatethe sociocultural relationship of pregnant women. UTI is the third most common clinical occurrence during pregnancy and may be associated with maternal complications such as hypertension /preeclampsia, chorioamnionitis and endometritis. Prenatal practitioners face problems with UTI treatment due to restricted choice of antibiotics considering the toxicity of some substances to the embryo.Materials and Methods -The study included the participation of pregnant women in prenatal care presenting clinical symptoms compatible with urinary infection in any gestational period. We analyzed the results of urine culture with antibiogram and applied a sociocultural-clinical questionnaire to highlightprevious treatments of UTI and socioeconomic conditions of this population.Results-Our study demonstrated that, within the bacterial spectrum that can cause UTI in pregnant women, Escherichia coli is the most common uropathogen, accounting for approximately 80% of cases. Antibiotic bacterial susceptibility analysis confirms that prescribing empirical antibiotic therapy is safe and effective for the treatment of UTIs in pregnant women.Conclusions -This study will give the physician foundation to prescribe empirically with greater certainty aiming at the effectiveness of the treatment.