Diante da preocupação com a saúde e as condições de trabalho dos professores, este artigo
objetivou verificar a prevalência de sintomas osteomusculares em professores do ensino fundamental de
escolas públicas e privadas. Métodos: A amostra foi composta por 320 professores de seis escolas. Para
a pesquisa, fez-se uso de um questionário sociodemográfico, de um check-list para avaliação ergonômica,
e do questionário nórdico para avaliar os sintomas osteomusculares. Para análise dos dados utilizou-se
o programa SPSS® 10.0. Resultados: Dos participantes, 89,7% referiram algum sintoma nos últimos 12
meses. As áreas mais acometidas por estes sintomas foram: coluna dorsal 54,1% (173), pescoço 50,9%
(163) coluna lombar 49,1% (157). Os sintomas impossibilitaram 36,6% dos professores de exercer suas
atividades normais. Observou-se também que a condição ergonômica do local de trabalho é considerada
ruim pelos professores. Conclusão: ConcluÃmos que a prevalência de sintomas osteomusculares nos
professores é alta e as condições ergonômicas são consideradas inapropriadas, podendo interferir diretamente
em sua saúde.
Due to the concern with the health and working conditions of teachers in the urban area of Pelotas,
RS, the purpose of this study is to verify the prevalence of ostheomuscular symptoms in public and private
elementary school teachers. The sample was composed by 320 teachers in six schools. Method: For accomplishment
of the research, a social-demographic questionnaire, a check-list for ergonomic evaluation, and the
Nordic questionnaire were applied in order to evaluate the ostheomuscular symptoms. For analysis of the data
the SPSS 10.0 program was used. Results: 89,7% of the participants referred some symptom in the last 12
months. The most affected areas were: spine 54,1% (173), neck 50,9% (163) lumbar column 49,1% (157). The
symptoms disabled 36,6% of the teachers hindering them from working properly. It was also observed that the
ergonomic condition of the work place was considered unsatisfactory by the teachers. Conclusion: The study
concluded that the prevalence of ostheomuscular symptoms among teachers is high, and that the ergonomic
conditions are considered inappropriate which could interfere directly in their health.