Prevalência de transtorno de pânico em pacientes com zumbidos

Revista De Psiquiatria Clinica

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ISSN: 1016083
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 29/02/1972
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Medicina

Prevalência de transtorno de pânico em pacientes com zumbidos

Ano: 2011 | Volume: 38 | Número: 4
Autores: Kátia de Vasconcellos Mathias, Marco Andre Mezzasalma, ANTONIO EGIDIO NARDI
Autor Correspondente: Kátia de Vasconcellos Mathias | [email protected]

Palavras-chave: transtorno de pânico, zumbidos, comorbidades psiquiátricas

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Contexto: Estudos sugerem associação entre zumbidos e transtornos psiquiátricos. Objetivo: Identificar a presença de transtorno de pânico em uma amostra
de pacientes com queixas de zumbido. Método: Foram avaliados 50 pacientes com queixa primária de zumbido de um serviço ambulatorial de otorrinolaringologia,
durante um período de dois meses. A identificação de transtornos psiquiátricos e do impacto do zumbido na qualidade de vida foi feita por meio do
Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI versão 5.0) e do Tinnitus Handicap Inventory. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação audiológica
e responderam a um questionário clínico-demográfico desenvolvido para este estudo. Resultados: Vinte (40%) pacientes apresentaram transtorno de pânico,
sendo 8 com e 12 sem agorafobia; 41 (82%) pacientes apresentaram pelo menos um diagnóstico psiquiátrico, sendo os mais prevalentes: transtorno de pânico
(40%), depressão maior (40%) e transtorno de ansiedade generalizada (34%). Conclusão: A prevalência de transtorno de pânico em nossa amostra de pacientes
com zumbidos foi elevada, o que ratifica a importância da avaliação psiquiátrica nesses pacientes.



Resumo Inglês:

Background: Many studies suggest there is an association between tinnitus and psychiatric disorders. Objective: To identify the prevalence of panic disorder in
a tinnitus patients’ sample. Method: We evaluated 50 patients with the main complaint of tinnitus of an Otorhinolaryngology outpatient unit for two consecutive
months. The evaluation of psychiatric disorders was made with the Mini International Neuropsychiatric Interview (M.I.N.I version 5.0) and the evaluation of
the tinnitus’ impact was made with the Tinnitus Handicap Inventory. All patients also were submitted to an audiological evaluation and answered a clinical-
-demographic questionnaire elaborated for this study. Results: Twenty (40%) patients had panic disorder, 8 with agoraphobia and 12 without agoraphobia; 41
patients (82%) had at least one psychiatric disorder, and the most prevalent were: panic disorder (40%), major depression (40%) and generalized anxiety disorder
(34%). Discussion: The prevalence of panic disorder in this sample of tinnitus’ patients was high, which reinforces the importance of a psychiatric evaluation
on these patients.