Objetivo: verificar o perfil dos professores com absenteísmo devido à disfonia e afonia e sua prevalência no período de 2017 e 2018. Materiais e Métodos: estudo de série temporal de caráter descritivo, com dados secundários sobre a ocorrência de absenteísmo dos professores da rede municipal de ensino de Montes Claros, Minas Gerais, que apresentaram atestados médicos nos anos de 2017 e 2018 diagnosticados com CID-10 categoria R49.0, R49.1, entregues na Coordenadoria de Saúde do trabalhador e Assistência à Saúde (CSTAS). Resultados: quarenta e sete professores apresentaram atestado nos últimos dois anos, com média de idade de 48,2 anos e a mediana de 49 anos, mínima de 33 e máxima de 61 anos. Houve predominância do sexo feminino (93,6%), a maioria (88,4%) com carga de 20 horas semanais, sendo que 68,1% atuando como professor na educação básica 1 (primeiro ao quinto ano) e 31,9% na educação básica 2 (sexto ao nono ano). Quanto ao tempo de serviço, a média foi de 17,7 anos e mediana de 12 anos. Sobre as faltas, os laudos apresentados durante o ano constam como motivos os seguintes Códigos Internacionais de Doenças (CID) e respectivas porcentagens de pacientes: 93,6% (N=44) com CID R49.0 (disfonia) e 6,4% (N=3) com o CID R49.1 (afonia). A prevalência de absenteísmo foi de 1,7% no ano de 2017 e de 1,4% em 2018. Conclusão: a prevalência de absenteísmo foi baixa, com predominância do sexo feminino, faixa etária entre 33 e 61 anos, trabalhando na educação básica 1 e jornada semanal de 20 horas. Sugerem-se estudos epidemiológicos para verificar o presenteísmo.
Objective: to verify the profile of teachers with absenteeism due to dysphonia and aphonia and the prevalence in the period of 2017 and 2018. Materials and methods: this is a descriptive temporary series, with secondary data about occurrence of absenteeism in teachers from municipal education network of Montes Claros, Minas Gerais, who presented medical reports in 2017 and 2018, diagnosed with ICD-10 in the category R49.0, R49.1, delivered to the Coordination of Occupational Health and Health Care (CSTAS). Results: forty-seven teachers presented medical report in the last two years, with a mean 48.2 years and median of 49 years, minimum of 33 and maximum of 61 years. There was a predominance of females (93.6%), with the majority (88.4%) working 20 hours a week, 68.1% as a teacher in basic education 1 (first to fifth year) and 31.9% in basic education 2 (sixth year or year). As for the length of service, the average was 17.7 years and the median was 12 years. Regarding absences, the reports presented during the year included the following International Disease Codes (ICD) and respective percentages of patients as reasons: 93.6% (N=44) with ICD R49.0 (dysphonia) and 6.4% (N=3) with the ICD R49.1 (aphonia). The prevalence of absenteeism was 1.7% in 2017 and 1.4% in 2018. Conclusion: the prevalence of absenteeism was low, with a predominance of females, aged between 33 and 61 years, working in basic education 1 and a weekly workload of 20 hours. Epidemiological studies are suggested to verify presenteeism.