Prevalência do uso de chupeta em lactentes amamentados e não amamentados atendidos em um hospital universitário

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Prevalência do uso de chupeta em lactentes amamentados e não amamentados atendidos em um hospital universitário

Ano: 2012 | Volume: 30 | Número: 2
Autores: S.D Castilho, R. C. Casagrande, C. R. Rached, L.B. Nucci
Autor Correspondente: S.D Castilho | [email protected]

Palavras-chave: chupetas, aleitamento materno, desmame

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Avaliar a prevalência do uso da chupeta em
relação ao tipo de aleitamento, as razões das mães para
introduzi-la ou não e os fatores associados à mudança de
opinião quanto à sua intenção inicial a esse respeito.
Métodos: Estudo transversal que avaliou 642 crianças
(0–12 meses) atendidas no Hospital da Pontifícia Universidade
Católica de Campinas quanto ao tipo de alimentação e uso
de chupeta. A mãe foi questionada sobre sua intenção inicial
quanto à chupeta, quanto ao seu uso e, se utilizada, porquê.
Após análise descritiva, aplicou-se a regressão logística para
verificar a associação da chupeta com a amamentação.
Resultados: A prevalência de uso de chupeta foi de 48%
(IC95% 44–52), sendo maior entre as crianças não amamentadas
(70%) comparadas às amamentadas (36%; p=0,029).
Das que estavam em aleitamento exclusivo, 29% usavam
chupeta (p<0,001). A chance de ser amamentada foi menor
nas crianças com chupeta (OR=0,22; IC95% 0,15–0,33).
Observou-se que 60% das mães mudaram de opinião quanto
à intenção de introduzir a chupeta. O principal motivo
alegado pelas mães que pretendiam dar a chupeta e não
deram foi que a criança a rejeitou (95%) e, dentre as que
não pretendiam e introduziram a chupeta, foi acalmar a
criança (72%).
Conclusões: A prevalência de uso da chupeta é elevada,
sendo maior entre crianças não amamentadas; entre as
amamentadas, é menor naquelas que recebem aleitamento
exclusivo. A maioria das mães referiu ter mudado sua opinião
inicial quanto ao uso da chupeta. Poucas mostraram
preocupação com a possibilidade de seu uso interferir na
amamentação.



Resumo Inglês:

Objective: To evaluate the prevalence of pacifier use in
relation to breastfeeding, to find out the reasons why mothers
planned or not to introduce this habit and the arguments for
changing their minds about the pacifier used.
Methods: Cross sectional study comprising 642 motherinfant
pairs (0–12months) at a University Hospital, in
Campinas, São Paulo, Brazil. The mother was questioned
about her original intention regarding the pacifier, the current
outcome and the explanation for changing or not her
mind. After a descriptive analysis, the logistic regression
was applied to verify the association between the pacifier
and breastfeeding.
Results: The prevalence of pacifier use was 48%
(95%CI 44–52), being greater among non-breastfeed
infants (70%) compared those breastfed (36%; p=0.029).
Among the infants exclusively breastfed, 29% used pacifier
(p<0.001). The chance to be breastfed was smaller
when the infant used a pacifier (OR=0.22; 95%CI 0.15–
0.33). Among the mothers, 60% changed their minds
regarding their previous intention about pacifier use. The
main reasons for changing plans were: infant rejection
(95% – for those who wanted to use the pacifier), and to
soothe the baby (72% – for those who initially did not
want to use the pacifier).
Conclusions: The prevalence of pacifier use is high. This
habit is more frequent among non-breastfed infants; among
the breastfed ones, it is less frequent for those exclusivelybreastfed.
The majority of mothers changed their minds
regarding their initial plans about pacifier use. Few worried
about the possibility that the pacifier could interfere
on breastfeeding.



Resumo Espanhol:

Objetivo: Evaluar la prevalencia del uso de chupete respecto
al tipo de lactancia, los motivos de las madres para introducirlo
o no y los factores que hicieron con que mudara de
opinión respecto a su intención inicial con relación a eso.
Métodos: Estudio transversal que evaluó a 642 niños (0-12
meses) atendidos en el Hospital de la Pontificia Universidad
Católica de Campinas (São Paulo, Brasil), respecto al tipo de
alimentación y uso de chupete. La madre fue cuestionada sobre
su intención inicial respecto al chupete, a su uso y, si lo utiliza, el
porqué. Tras análisis descriptivo, se aplicó la regresión logística
para verificar la asociación del chupete con la amamantación.
Resultados: La prevalencia de uso de chupete fue de
48% (IC95% 44-52%), siendo mayor entre los niños no
amamantados (70%) si comparado a los amamantados (36%;
p=0,029). De los que estaban en lactancia exclusiva, el 29%
usaban chupete (p<0,001). La chance de ser amamantado
fue menor en niños con chupete (OR=0,22; IC95% 0,15-
0,33). Se observó que el 60% de las madres cambiaron de
opinión respecto a la intención de introducir el chupete. El
principal motivo alegado por las madres que pretendían dar
el chupete y no lo dieron fue que el niño lo rechazó (95%) y,
entre las que no pretendían introducir el chupete, fue para
calmar al niño (72%).
Conclusiones: La prevalencia del uso de chupete es
elevada, siendo mayor entre niños no amamantados; entre
los amamantados, es menor en los que reciben lactancia
exclusiva. La mayoría de las madres refirió haber cambiado su
opinión inicial respecto al uso de chupete. Pocos mostraron
preocupación con la posibilidad de que su uso interfiriera
en la amamantación.