Este texto faz uma análise crÃtica de Agora é que são elas, romance de Paulo Leminski publicado em 1984, cuja escolha justifica-se pela sua má recepção por uma parte da crÃtica literária, que a apontou como uma obra desprovida de valor artÃstico, o que nos causou estranheza, haja vista Leminski ser considerado um escritor de vanguarda - portanto, atento para as questões estéticas de seu tempo. Esta análise tem por objetivo mostrar que Agora é que são elas é uma obra consistente, cujo cerne são importantes reflexões sobre o gênero romance frente à pós-modernidade, problematizando, pois, questões sobre a teoria da narrativa que emergem no século XX, sobretudo quanto à intertextualidade, alçada ao plano da temática na narrativa em pauta.