A primeira parte de um estudo sobre a expressão variável do objeto direto de 3ª pessoa: a fala de jovens cariocas em regime socioeducativo

Revista Linguística Rio

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Editor Chefe: Ademir Veroneze Júnior, Aline dos Santos Oliveira, Amanda Araújo de Moura, Claudio Padua, Dany Gonçalves, Debora de Almeida Pinto, Guilherme Duarte Borges, Jean da Silva Gomes, Raissa Cumán, Rodrigo da Silva Rosa, Sara Adelino, Wellington de Almeida
Início Publicação: 31/08/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística

A primeira parte de um estudo sobre a expressão variável do objeto direto de 3ª pessoa: a fala de jovens cariocas em regime socioeducativo

Ano: 2016 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: A.F.C. Pinheiro
Autor Correspondente: A.F.C. Pinheiro | [email protected]

Palavras-chave: Objeto direto; Sociolinguística; Funcionalismo

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nossa pesquisa refere-se à expressão variável do objeto direto de 3ª pessoa, em referência anafórica, na fala de jovens em regime socioeducativo. Depreendemos, na análise, variação entre sintagma nominal, pronome e anáfora zero. Com base na Teoria Variacionista de Labov (1972) e em pressupostos da Linguística Funcional Norte-Americana, observamos a expressão da anáfora zero – que consideramos ser mais produtiva – conforme a influência dos seguintes grupos de fatores: (1) paralelismo quanto à forma de referência, segundo Scherre (1998), (2) distância entre as menções, (3) mudança do turno de fala, (4) manutenção ou não da função sintática e (5) animacidade do referente. Consideramos que o perfil social dos informantes era homogêneo e, por isso, não trabalhamos fatores sociais. Nossos resultados confirmam tendências já apontadas por pesquisas anteriores: (a) “Quanto mais previsível a informação, menos codificação linguística ela recebe” (GIVÓN, 1983: 67) e (b) no português brasileiro, tende-se a zerar o objeto direto de 3ª pessoa em referência anafórica (OMENA, 1978).



Resumo Inglês:

Our research refers to the variable expression of the third person direct object in anaphoric reference in the speech of young men admitted to young offender institutions. We analyzed variation among noun phrase, pronoun and zero anaphora. Based on Labov’s Variationist Theory (1972) and on theoretical assumptions of the North-American Functional Linguistics, we observed the expression of zero anaphora – which we considered to be the most productive choice – according to the influence of the following variables: (1) parallelism concerning the form of reference, according to Scherre (1998), (2) distance between the mentions, (3) change in the speech turn, (4) maintenance or not of the syntactic function, and (5) the referent’s animacy. We considered that the informants’ social profile was homogeneous, and, thus, we did not discuss social factors. Our results confirm two tendencies already shown in previous research: (a) “The more predictable the information, the less coding it receives” (GIVÓN, 1983: 67), and (b) in Brazilian Portuguese, speakers tend to express the third person direct object in anaphoric reference by zero (OMENA, 1978).