O Câncer de cabeça e pescoço continua sendo uma das doenças que mais mata no Brasil. Sendo assim, após diagnóstico de neoplasia maligna de cabeça e pescoço, o tratamento pode ser baseado em cirurgia, radioterapia e quimioterapia ou combinações entre elas. O recurso terapêutico da doença maligna geralmente envolve resultados tóxicos em células saudáveis, fazendo com que o material celular, reprodução, manutenção e estabilidade das células sejam afetados, o que pode ocasionar complicações orais antes, durante e após a aplicação da radioterapia (RT). As principais complicações pós-radioterapia podem ser xerostomia, mucosites, disfagia, trismo, cáries de radiação, candidíase e até mesmo tardiamente, osteorradionecrose. O trabalho que ora apresentamos traz um estudo de revisão narrativa, a partir de pesquisa bibliográfica detalhada e utilizando artigos de bases de dados como Scielo, Medline, Pubmed, publicados no período de 2010 a 2019. A partir da leitura de 70 artigos, selecionou-se 36, entre artigos de língua portuguesa e inglesa, utilizando como caráter de exclusão os procedimentos cirúrgicos e quimioterápicos. O objetivo foi apresentar as várias complicações ocasionadas pela RT. Cabe ao cirurgião-dentista amenizar as complicações orais, melhorando os sintomas dolorosos durante o tratamento oncológico, atentando às variações psicológicas apresentadas pelo paciente.