O presente artigo tem como objetivo analisar o conceito de delinquência cunhado por Michel Foucault e entender sua relevância para os dias atuais, estudando como a estigmatização de uma pessoa como “delinquente” contribui para a solidificação de preconceitos em relação aos apenados. Para tanto, examinamos como e por que a prisão cria os delinquentes, bem como o motivo pelo qual, mesmo com a prisão fracassando em ressocializar e diminuir a criminalidade, ela continua inquestionável. Por fim, investigaremos a relação entre proximidade social e responsabilidade moral, pois promover esta distância social foi utilizada como estratégia planejada em processos de criação de preconceitos em relação a minorias, como com os judeus no Nazismo e os negros nos Estados Unidos. Concluímos pela necessidade de o poder político criar espaços de aproximação entre sociedade civil e apenados, para que possa diminuir os preconceitos em relação a estes e, consequentemente, para que haja a possibilidade de uma melhor ressocialização.
This article aims to analyze the concept of delinquency coined by Michel Foucault and understand its relevance to the present day, studying how the stigmatization of a person as a “delinquent” contributes to the solidification of prejudices in relation to the inmates. To that end, we examine how and why prison creates delinquents, as well as why, even though prison fails to re-socialize and reduce crime, it remains unquestionable. Finally, we will investigate the relationship between social proximity and moral responsibility; because promove this distancy social was used like a planejed estrategy in a process of creation of prejudices in rellationship a minorys, like the Jews in nazism and black peolple in United States. We conclude by the need for the political power to create spaces of approximation between civil society and convicts, so that prejudices in relation to these are reduced and, consequently, have a possibility of a better better resocialization.