Neste artigo procura-se dialogar com a dualidade entre privacidade e vigilância no momento atual, ou seja, um período tecnológico sem precedentes que mudou muito desses dois paradigmas. Se fez necessário trazer uma revisão bibliográfica acerca dos conceitos associados tanto a privacidade quanto dos níveis de vigilância intrínsecos ao digital. Também se mostrou relevante uma breve análise da obra de Guy Debord acerca da sociedade do espetáculo e da forma como o meio social molda a renunciar aos segredos. Por fim, procura-se expor de que forma o Direito deve lidar com o fato de estar sempre descompassado com as inovações tecnológicas e de que maneiras um operador deve procurar se guiar, sem a letra da Lei de aplicação específica.
This article seeks to dialogue with the duality between privacy and surveillance at the present time, that is, an unprecedented technological period that has changed many of these two paradigms. It was necessary to carry out a bibliographical review of the concepts associated with both privacy and the levels of surveillance intrinsic to digital media. Also relevant was a brief analysis of Guy Debord's work on the society of the spectacle and the way in which the social environment molds us to give up our secrets. Finally, the aim is to explain how the law should deal with the fact that it is always out of step with technological innovations and how an operator should try to guide themselves, without the letter of the law specifically applying.
