Problematizações e potência produtiva do inconsciente: o marco da concepção de esquizofrenia em O Anti-Édipo

Revista Psicologia e Transdisciplinaridade

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ISSN: 2764-4529
Editor Chefe: Cledione Jacinto de Freitas
Início Publicação: 27/06/2021
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas

Problematizações e potência produtiva do inconsciente: o marco da concepção de esquizofrenia em O Anti-Édipo

Ano: 2022 | Volume: 2 | Número: 1
Autores: M. C. G. Almeida
Autor Correspondente: M. C. G. Almeida | [email protected]

Palavras-chave: Inconsciente. Esquizofrenia. O Anti-Édipo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esse artigo aborda como a problematização que funda o inconsciente se transfigura na obra de Deleuze e Guattari, O Anti-Édipo, sendo apresentada enquanto potência produtiva que se manifesta no processo esquizofrênico. Trata-se não de um elogio à esquizofrenia em sua forma clínica, mas de uma contraposição que visa demonstrar o motivo de a representação do complexo de Édipo ser tida pelos autores como a de um inconsciente teatral, produzido pela psicanálise. Ao enfatizar uma potência produtiva do inconsciente nesse local de quebra, em que a estrutura carece de articulação, busca-se oferecer instrumentos para se pensar como e por qual motivo as formas de produção do esquizofrênico podem, para os autores, ser adotadas como paradigma da produção desejante, bem como o porquê de, após o advento do capitalismo, processos de produção dessa natureza existirem quase sempre sem deixar de se inscreverem em aparatos institucionais de violência da vida social.



Resumo Inglês:

This article addresses how the problematization that founds the unconscious is transfigured in the work of Deleuze and Guattari, The Anti-Oedipus, being presented as a productive power that manifests itself in the schizophrenic process. It is not a compliment to schizophrenia in its clinical form, but a contrast that aims to demonstrate why the representation of the Oedipus complex is considered by the authors as a theatrical unconscious, produced by psychoanalysis. By emphasizing a productive power of the unconscious in this place of rupture, where the structure lacks articulation, we seek to offer instruments to think about how and for what reason the forms of production of the schizophrenic can, for the authors, be adopted as a paradigm of desiring production, as well as why, after the advent of capitalism, production processes of this nature almost always exist without failing to inscribe themselves in institutional apparatuses of violence in social life.



Resumo Espanhol:

Este artículo aborda cómo la problematización que funda el inconsciente se transfigura en la obra de Deleuze y Guattari, El Anti-Edipo, presentándose como una potencia productiva que se manifiesta en el proceso esquizofrénico. No se trata de un cumplido a la esquizofrenia en su forma clínica, sino de un contraste que quiere demostrar por qué la representación del complejo de Edipo es considerada por los autores como un inconsciente teatral, producido por el psicoanálisis. Al subrayar un poder productivo del inconsciente en este lugar de rotura, donde la estructura carece de articulación, buscamos ofrecer instrumentos para pensar cómo y por qué las formas de producción del esquizofrénico pueden, para los autores, ser adoptadas como paradigma de la producción deseante, así como por qué, después del advenimiento del capitalismo, casi siempre existen procesos de producción de esta naturaleza sin dejar de inscribirse en los aparatos institucionales de violencia en la vida social.