Este artigo aborda a prática do resgate tipográfico como exemplo significativo da apropriação no design de tipos. Essa prática é analisada por um viés ético na sua conduta profissional, com enfoque nos métodos de produção, identificação de autoria, registro e distribuição de fontes digitais. Investigam-se os principais conflitos éticos a partir dos artigos de Vanderlans (1996) e Downer (1996), identificando os limites da apropriação aceitos na tipografia, juntamente com as interpretações que a autoria, o registro legal e o direito comercial podem apresentar. A consulta aos códigos de ética de associações profissionais oferecem orientações em relação à responsabilidade social e profissional do designer, em convergência com os preceitos da propriedade intelectual aplicados ao design de tipos, observados sob o ponto de vista jurídico por Andrade Lima (2006) e Barroca (2008). Ao final, é definido um conjunto de apontamentos para o comportamento ético na produção de fontes digitais de resgate tipográfico.
This paper examines the practice of type revival as a significant example of appropriation in type design. The practice is analyzed by an ethical bias in the professional approach, with focus on methods of production, authorship, registration and distribution of digital fonts. The investigation of the main ethical conflicts are based on articles by Vanderlans (1996) and Downer (1996), identifying the limits of appropriation accepted in typography, alongside with the interpretations of authorship, legal registration and commercial law may have. The consultation of moral codes from professional associations provides guidelines regarding the social and professional responsibility of the designer, in accordance with the precepts of intellectual property applied to type design, observed from the legal point of view by Andrade Lima (2006) and Barroca (2008). At the end, it is defined a set of notes for the ethical behavior in the production of digital fonts of type revival