Os processos biográficos/autoficcionais nos ensinam a enfrentar os dispositivos de controle biopolítico sobre nossa produção imaterial, especialmente os afetos. Essas narrativas de intimidade são um convite luminoso para a reinvenção radical do sujeito, para o refazimento do mapa de afetos e enfrentamento das “realidades” intimidantes. Essa promessa de intervenção e emancipação apontadas com as narrativas de intimidade ainda podem funcionar em um território virtual? A decolonização, desmercantilização e desprivatização dos corpos se realiza numa prática artística à distância? Onde não é possível o convívio entre corpos diversos? Como produzir corpos biopotentes no território disruptivo do tecnovívio? É o que esse ensaio busca refletir.