Processos de consistência e contextos na improvisação livre: aproximações preliminares

Revista Orfeu

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ISSN: 2525-5304
Editor Chefe: Guilherme Antonio Sauerbronn de Barros, Teresa Mateiro
Início Publicação: 01/06/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Artes

Processos de consistência e contextos na improvisação livre: aproximações preliminares

Ano: 2016 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: Rogério Costa
Autor Correspondente: Rogério Costa | [email protected]

Palavras-chave: improvisação livre, contextos, processos de consistência

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Apesar da grande quantidade de estudos dedicados ao assunto, a expressão “improvisação livre” mantém ainda hoje uma definição muito abrangente e imprecisa. Atualmente há, no Brasil e no mundo, muitas manifestações artísticas que incluem procedimentos que remetem, de forma explícita ou não, à livre improvisação. Um dos desafios que se coloca é, por um lado, a procura de uma defini- ção do que seria comum entre as múltiplas e diversificadas práticas que se localizam no amplo território da improvisação livre ou que dela fazem uso e, por outro, do que seria singular e específico a cada uma destas práticas. É necessário definir se há realmente um território comum que abrange todas estas práticas para, posteriormente segmenta-lo em sub categorias com suas identidades próprias. É necessário também, desvendar os processos de construção de consistência em cada caso. No presente texto pretendo fazer um levantamento preliminar tendo em vista os objetivos acima delineados. Me interessa também discutir em que medida e de que forma estas manifestações interagem com determinadas configurações sociais, culturais e políticas contemporâneas ou, em outras palavras, determinar em que medida a improvisação livre pode ser pensada, tanto como um sintoma, quanto como uma linha de força que contribui de forma específica para a configuração de certos ambientes e contextos socioculturais contemporâneos relacionados às práticas criativas.



Resumo Inglês:

From research conducted in recent years, I realized that despite the large number of studies devoted to the subject, free improvisation keeps today, a very broad and imprecise definition. In fact, there are currently in Brazil and in the world, many artistic practices that include procedures that refer explicitly or not, to free improvisation. So one of the challenges that arises is, on the one hand, the search for a definition of what would be common (especially in terms of sound materials and procedures) between multiple and diverse practices that are located in the vast territory of free improvisation or which make use of it and, second, what would be unique and specific to each of these practices. First of all, it is necessary to establish whether there is actually a common territory that covers all these practices to further segment it into sub categories with their own identities. And more than that, it is necessary to unravel the building of consistency building processes in each case. In this paper I intend to make a preliminary survey in view of the above outlined goals. I’m also interested in discussing to what extent and how these various manifestations interact with certain social, cultural and political contemporary settings or, in other words, determine the extent to which free improvisation can be considered both as a symptom and as a line of force that contributes specifically to the setting of certain contemporary socio-cultural contexts related to creative practices.