Este artigo apresenta um recorte de uma pesquisa de doutorado em Educação ainda em andamento. Ele tem por objetivo conhecer e apresentar processos de socialização entre mulheres e crianças moradoras da comunidade quilombola Toca de Santa Cruz, localizada no município de Paulo Lopes, em Santa Catarina (SC). Além disso, buscou-se, a partir dele, dar visibilidade para o reconhecimento de tal território como quilombo a partir de aspectos etno-políticos. Os dados foram coletados a partir de uma abordagem etnográfica. Neste texto, apresentamos registros do diário de campo produzido a partir das cerimônias religiosas em um terreiro de Umbanda frequentado pelas mulheres e pelas crianças quilombolas. Os dados revelam que os processos de socialização potencializam a vida e os modos de resistências à opressão, às violências, ao branqueamento, ao racismo e à invisibilidade dos sujeitos da Toca.
This article presents part of a doctoral research in Education still ongoing and aims to understand and present processes of socialization among women and children living in the quilombo Toca de Santa Cruz in the city of Paulo Lopes / SC within and outside the quilombo. In addition, we sought to give visibility to the recognition of such territory as quilombo from ethnopolitical aspects. Data were collected from an ethnographic approach and in this text, we present field diary records produced from the religious ceremonies in a Umbanda yard in the quilombo territory. The data show that socialization processes potecializam life and modes of resistance to oppression, violence, money laundering, racism and invisibility of the subjects at the Burrow.