Foram conduzidos três experimentos para avaliar os efeitos da suplementação energética e/ou
proteica sobre a produção e composição do leite de vacas, com bezerros ao pé durante as ordenhas, em pastagens ou recebendo cana-de-açúcar ou capim-elefante picado, com acesso a mistura contendo ureia e sal mineral, durante o perÃodo da seca. Em cada experimento, oito vacas mestiças Holandês-Zebu (480 a 540 kg) foram distribuÃdas em dois quadrados latinos 4x4, em quatro perÃodos de sete dias. Os tratamentos consistiram de nÃveis crescentes de suplemento contendo 57% de milho e 43% de farelo de soja – MFS (0; 1,5; 3,0 e 6,0 kg/vaca/dia), farelo de trigo – FT (0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 kg) e farelo de soja – FS (0; 0,65; 1,3 e 2,6 kg). Os concentrados foram fornecidos duas vezes ao dia, durante as ordenhas. A análise estatÃstica incluiu os efeitos de tratamentos (regressão polinomial), quadrado latino, animal dentro de quadrado latino e perÃodo, além do uso de modelos de saturação cinética. Não houve efeito de tratamento em nenhum dos experimentos, com média variando de 7,5 a 11,2 kg de leite/vaca/dia, embora a produção de leite tenha apresentado tendência curvilÃnea aos nÃveis de concentrados, seguindo o modelo de Michaelis-Menten. As seguintes equações de Lineweaver-
Burk foram obtidas: Exp. 1: 1/Leite = 0,0394*(1/(MFS)) + 0,0866; Exp. 2: 1/Leite = 0,0061*(1/FT) + 0,0917; Exp. 3: 1/Leite = 0,0226*(1/FS) + 0,0825. A produção de leite máxima teórica (1/a) foi de 11,5; 10,9 e 12,1 kg/vaca/dia; a quantidade de concentrado para causar metade de Kmax (b/a = Ks) foi de 0,45; 0,06 e 0,27 kg; e a quantidade de concentrado para atingir a relação custo-benefÃcio zero foi de 1,7; 0,9 e 1,25 kg para MFS, FT e FS, respectivamente. O aumento marginal na produção de leite pelo aumento na suplementação foi decrescente (0,94; 0,60 e 0,36 kg de leite/kg de MFS; 1,79; 0,28 e -0,11 kg de leite/kg de FT; e 1,57; 1,67 e 1,19 kg de leite/kg de FS). Modelos de saturação cinética são mais apropriados para se fazer recomendação de nutrientes em relação aos modelos lineares tradicionais.
Three experiments were conducted to evaluate the effects of energetic and/or protein supplementation
on milk production and composition by cows, with the presence of calf at milking, in pasture or receiving chopped sugarcane or elephant grass, with access to mixture containing urea and mineral salt, during the dry season. In each experiment, eight crossbred Holstein-Zebu cows (480 to 540 kg) were distributed in two 4x4 Latin squares, in four periods of seven days. The treatments consisted of increasing levels of supplements containing 57% of corn and 43% of soybean meal – CSM (0, 1.5, 3.0 and 6.0 kg/cow/day), wheat meaddlings – WM (0.5, 1.0, 2.0 and 4.0 kg) and soybean meal – SM (0, 0.65, 1.3 and 2.6 kg). The concentrates were furnished twice a day, during milking time. The statistical analyses included the effects of treatments (polynomial regression), Latin square, animal inside Latin square and period, in addition to use of models of saturation kinetics. There was no effect of treatment for none of experiments, with mean ranging from 7.5 to 11.2 kg of milk/cow/day, although milk production presented curvilinear trend with concentrate levels, following the Michaelis-Menten model. The obtained equations of Lineweaver-Burk were: Exp. 1: 1/Milk = 0.0394*(1/(CSM))+ 0.0866; Exp. 2: 1/Milk = 0.0061*(1/WM) + 0.0917; Exp. 3: 1/Milk = 0.0226*(1/SM) + 0.0825. The theoretical maximum milk production (1/a) was 11.5, 10.9 and 12.1 kg/cow/day; the amount of concentrate to cause half Kmax (b/a = Ks) was 0.45, 0.06 and 0.27 kg; and the amount of concentrate to reach zero cost-benefit ratio was 1.7, 0.9 and 1.25 kg for CSM, WM and SM, respectively. The marginal increase in milk production by increase in supplementation was decreasing (0.94, 0.60 and 0.36 kg of milk/kg of CSM; 1.79, 0.28 and
-0.11 kg of milk/kg of WM; and 1.57, 1.67 and 1.19 kg of milk/kg of SM). Models of saturation kinetics are more appropriate to make recommendations of nutrients in relation to traditional linear models.