Produção de substâncias, revelação e outras armadilhas no combate ao racismo no Brasil contemporâneo

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ISSN: 14158566
Editor Chefe: Roberto Lima
Início Publicação: 31/05/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

Produção de substâncias, revelação e outras armadilhas no combate ao racismo no Brasil contemporâneo

Ano: 2010 | Volume: 13 | Número: 1
Autores: Carolina Cantarino Rodrigues
Autor Correspondente: Carolina Cantarino Rodrigues | [email protected]

Palavras-chave: identidade, representação, racismo, ciência, política

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Na área denominada como “saúde da população negra”, cresce o interesse pela afro-
-descendência e pelas chamadas “doenças raciais”. Concomitantemente, mapeamentos
genéticos têm sido feitos com o intuito de deslegitimar a “raça”, com base na
afirmação da miscigenação como a “verdadeira identidade” do povo brasileiro. Neste
artigo, essas questões serão discutidas tendo em vista o modo como a legitimidade e
a autoridade da biologia estão sendo mobilizadas para justificar posições políticas. A
produção de identidades mediadas pela genética não será aqui discutida como processo
de “naturalização”, “geneticização” ou mesmo “biologização” da sociedade. Trata-se
de uma “política da representação” que reproduz dicotomias – entre ciência e política,
por exemplo – num movimento intenso de hierarquização de predicados e produção
de substâncias. A crítica a essa política se faz necessária como uma crítica política à
determinação biológica e a sua lógica substancialista e de revelação.