Na cultura do pimentão, no Brasil, costuma-se usar tutoramento para evitar o acamamento das
plantas e conseqüente perda de frutos por podridão e queima pelo sol. Como alternativa do tutoramento pode-se usar
o transplante profundo das mudas, a amontoa das plantas ou outros meios para manter as plantas em pé. A viabilidade
de substituição do tutoramento em cultura de pimentão foi estudada em dois experimentos realizados na horta da
Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Go, em 2001 e 2002,
entre maio e outubro. Foram estudados os seguintes tratamentos: Transplante, enterrando apenas o torrão das mudas
e posterior tutoramento das plantas (TT); transplante profundo, enterrando as mudas até a inserção da primeira folha
verdadeira, sem tutoramento das plantas (PS); transplante profundo, enterrando as mudas até a inserção da primeira
folha verdadeira e fazendo mais tarde a amontoa das plantas, sem tutoramento (PAS). O delineamento experimental
foi blocos casualizados com três tratamentos e seis repetições (duas por bloco). Plantou-se a cultivar Magda; por
mudas produzidas em bandejas de isopor de 200 células. Não houve diferença significativa entre os tratamentos,
quanto à produção comercial de frutos em kg.ha-1 e números de frutos.ha-1, nem quanto ao peso médio dos frutos, nos
dois anos, justificando a substituição do tutoramento pelo transplante mais profundo nas condições e épocas dos
experimentos.
Brazilian sweet pepper growers use to stake plants in order to prevent lodging and consequent
fruit losses caused by rot and sun scald. Alternative practices can be used such like deep transplanting or hilling.
Replacement of staking in sweet pepper crop by other practices was investigated in two field experiments at Goiânia,
in 2001 and 2002 during the dry season. Following treatments were studied: Transplanting at root ball depth and
staking plants later; deep transplanting, with the base of the first true leaf at soil level, without plant staking; deep
transplanting with the base of the first true leaf at soil level and later followed by hilling about ten centimeters,
without plant staking. There was no significant difference among treatments regarding commercial fruit yield (kg.ha-
1 and number fruits.ha-1) or average fruit weight, indicating that deep transplanting is an alternative practice to staking.